2 de abril de 2021

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Por Brasil de Fato

No dia 26 de março, Araraquara, no interior de São Paulo, adormeceu em paz. Após 44 dias registrando o número de mortos de covid-19, o governo municipal zerou o número de mortos por causa da doença. Porém, no dia seguinte, o prefeito Edinho Silva (PT), responsável pelas medidas para reduzir o impacto do coronavírus na região, recebeu ameaças de morte.

“Ele tem coragem aqui, mas eu só quero lutar com ele (Edinho Silva) primeiro por um round. Depois vou de baixo para cima”, anunciou um homem em um post no Facebook, e outro usuário do Facebook pergunta se alguém sabe onde mora o prefeito.

“Eu tô muito tranquilo, não mudei nada na minha rotina e nem meu comportamento, eu continuo trabalhando e enfrentando a pandemia. Seguiremos trabalhando da forma correta, para combater a pandemia”, disse Edinho em entrevista ao Brasil de Fato.

Araraquara é a primeira cidade de São Paulo a confirmar o lockdown no dia 21 de fevereiro para combater a pandemia. Por dez dias, todo o comércio foi fechado e o transporte público restrito.

Na última quarta-feira (31), o prefeito baixou mais uma portaria mais rígida, acrescentando postos de gasolina à lista de atividades que não podem ser abertas durante o feriado da Páscoa. Em princípio, a quarentena estrita da cidade continuará até 4 de abril.

Apesar da ameaça, Edinho disse com um suspiro de alívio que depois que as medidas tomadas pela prefeitura deram resultados positivos, a resistência dos Arakuars enfraqueceu.

“Majoritariamente, a cidade nos apoiou e tem nos apoiado. Temos conversado com os munícipes, temos feito boletins diários e a cidade sabe que avançamos. Nós avançamos muito e não podemos descuidar agora. O feriado da Páscoa só perde em consumo para o Natal e Ano Novo. As pessoas se juntam, é um período que temos que tomar cuidado”, disse o prefeito.

Na última quinta-feira (1), data de entrevista com Edinho Silva (Edinho Silva), Araraquara registrou duas mortes causadas pelo covid-19, que ocorre desde o início da pandemia, tendo sido 332 mortes. Nesse dia, houve 67 novas infecções, totalizando 17.421 casos.

No dia 28 de fevereiro, 100% dos leitos da unidade de terapia intensiva (UTI) do município estavam ocupados. Após duas ordens de bloqueio, o índice despencou para 58% em 20 de março. No dia 30 de março, a taxa de ocupação era de 75%, e agora, no dia 1º de abril, a taxa de ocupação atingiu 90%.

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