10 de junho de 2018
O ministério das Finanças pretende aumentar os preços de telefonia móvel, televisão e Internet. O objectivo é de cobrir os buracos financeiros dos órgão de comunicação social públicos, por causa da má gestão.
Para falar sobre o assunto, ouvimos Cruz Lima, director do instituto de preços e concorrências, o contabilista, Manuel Bastos, o estudante universitário Nelson Ngola e o secretário geral dos sindicato dos jornalistas angolanos, Teixeira Cândido.
O anúncio feito nos últimos dias sobre o aumento dos preços das tarifas dos serviços de telefonia, internet e televisão, está a dividir os angolanos e a revelar alguma falta de coordenação do actual governo, liderado por João Lourenço.
Em causa está a proposta do ministério das finanças, por via do Instituto de Preços e Concorrências, que visa garantir o financiamento para os órgãos de comunicação social públicos.
De acordo com a referida proposta, a recarga do serviço de telefonia móvel, por exemplo, que custa agora 1250 kwanzas pode subir para 1275 kwanzas.
Esta proposta surge como consequência do estado de falência técnica e administrativa dos órgãos de comunicação social públicos, por causa da má gestão desses órgãos.
Para confirmar a falta de alinhamento das instituições auxiliares do governo de João Lourenço, o Instituto Angolano das Comunicações veio a público, esta semana, desmentir outra instituição do mesmo governo, para tranquilizar os consumidores que não vai haver aumento de preços nos serviços prestados pelas operadoras de telefonia móvel, televisão e Internet.
Na qualidade de órgão regulador do sector das comunicações, o INACOM esclareceu, em nota de imprensa, que os preços dos serviços destas plataformas, obedecem a um regime próprio, e são supervisionados pelo órgão regulador das comunicações electrónicas, cujo processo de alteração carece de auscultação prévia ao Comité de Preços das Comunicações Electrónicas, criado por decreto presidencial, enquanto órgão de consulta para estas matérias e associações de defesa dos direitos dos consumidores.
Numa altura em que o próprio Presidente da República, João Lourenço defendeu recentemente, por ocasião sua visita ao Reino da Bélgica, a redução dos preços dos serviços de telefonia móvel, com a entrada de novos operadores, ainda assim, o director do Instituto de Preços e Concorrências, Cruz Lima, afirma que a proposta de aumento dos preços está na ordem dos 2%, e não vê qualquer inconveniência nesta proposta.
Fonte
- ((pt)) Redação VOA. Preços de telefonia móvel, televisão e Internet aumentam em Angola — Voz da América, 10 de junho de 2018
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