23 de maio de 2020

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Preocupadas com a pandemia de COVID-19 e com o calendário de 2020 bastante comprometido, as equipes de Fórmula 1 votaram a favor de um plano para reduzir o limite de orçamento para o próximo ano em US$ 30 milhões, ajudando assim a categoria a superar a crise econômica que o surto da doença causará. O pacote aprovado altera o limite de US$ 175 para US$ 145 milhões (cerca de R$ 802 milhões) na próxima temporada. Esse valor deverá ser reduzido novamente para US$ 140 milhões em 2022 e US$ 135 milhões para o período de 2023 a 2025.[1]

A Fórmula 1 já havia concordado em outubro de 2019 que imporia um limite de orçamento de US$ 175 milhões em 2021, porém o potencial de perda de renda causado pelo coronavírus levou os times a pedirem uma redução desse valor. Houve uma divergência entre as grandes equipes e as demais, com a Scuderia Ferrari e a Red Bull Racing recusando-se a baixar o teto abaixo de US$ 150 milhões, enquanto a McLaren pressionava por um valor de até US$ 100 milhões. Entretanto as equipes finalmente chegaram a um consenso. A Ferrari alegou que qualquer valor abaixo de US$ 150 milhões a obrigaria a cortar centenas de empregos, mas depois aceitou a redução, deixando de lado a aposta no desenvolvimento aerodinâmico nas temporadas 2020 e 2021 e um atraso na introdução de novas regras em 2022.[1]

Para além do limite orçamentário, há outras regras que fazem ainda parte do pacote. A título de exemplo, o sistema um pouco radical de “impor um obstáculos” no desenvolvimento aerodinâmico que se resume em poucas palavras: as equipes com pior desempenho vão dispor de mais tempo de desenvolvimento no túnel de vento (um dos itens mais caros em termos de F1) e de CFD (Computer Fluid Dynamics) em comparação com os times que forem mais bem sucedidos, que terão em termos percentuais, menos tempo de desenvolvimento, o que em teoria, equilibra o grid.[2] Junta-se a isto também a possibilidade de utilização de peças de “fonte aberta” (open source), como acontece, por exemplo na informática, em que o domínio das grandes empresas, como por exemplo da Microsoft é “combatido” com o open source, em que qualquer um pode acrescentar ao código e em teoria, melhorá-lo, com todos beneficiando-se com isso. Uma espécie de “cooperativa global.”[2]

Depois das escuderias terem aprovado a alteração das regras, estas vão ser submetidas ao Conselho Mundial do Desporto Automóvel da Federação Internacional do Automóvel (FIA) para ratificação final, como sempre ocorre. Isto deverá suceder por votação eletrônica, antes mesmo do próximo Conselho Mundial que está previsto para meados de junho.[2]

Logotipo da Fórmula 1
Logotipo da Federação Internacional do Automóvel

Referências

  1. 1,0 1,1 Para ajudar na luta contra coronavírus, Fórmula 1 define novo teto orçamentário Globoesporte. 22 de maio de 2020. Consultado em 23 de maio de 2020. Cópia arquivada em 23 de maio de 2020
  2. 2,0 2,1 2,2 José Luis Abreu (23 de maio de 2020) “F1: Novo teto orçamental aprovado, mas não só…” AutoSport Consultado em 23 de maio de 2020. Cópia arquivada em 23 de maio de 2020

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