19 de maio de 2020

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O secretário de Estado dos Estados Unidos, Mike Pompeo, exigiu nesta segunda-feira (18), que a China divulgue imediatamente o paradeiro do Panchen Lama escolhido pelo Dalai Lama, 25 anos após a criança de seis anos ser presa e escondida do público.

O Dalai Lama XIV, que vive exilado na Índia e goza de grande popularidade no mundo, em maio de 1995 chamou Gedhun Choekyi Nyima de "reencarnação do Panchen Lama", a segunda maior figura do budismo tibetano.

O menino foi preso três dias depois e, desde então, ninguém o viu, e as organizações de direitos humanos o chamam de o prisioneiro político mais jovem do mundo.

"Os budistas tibetanos, como membros de todas as comunidades religiosas, devem poder escolher, educar e honrar seus líderes religiosos de acordo com suas tradições e sem intervenção do governo", afirmou o comunicado de Pompeo.

"Instamos o governo chinês a divulgar imediatamente o paradeiro do Panchen Lama, a aderir à sua própria constituição e a compromissos internacionais de promover a liberdade de religião para todas as pessoas", continuou ele.

A China nomeou seu próprio Panchen Lama, que fez uma série de aparições públicas encenadas, embora muitos tibetanos não o reconheçam.

Sam Brownback, embaixador dos EUA para a Liberdade Religiosa Internacional, alertou na semana passada que Pequim não deve ver o episódio do Panchen Lama como um modelo para a reencarnação do Dalai Lama.

O governo ateu oficial da China deixou claro que poderia tentar nomear o sucessor do Dalai Lama, de 84 anos, cujo carisma atraiu a atenção do Tibete para o mundo inteiro por décadas.

Em uma rara declaração sobre o Panchen Lama nomeado pelo Dalai Lama, uma autoridade pró-Pequim no Tibete disse em 2015 que o jovem era saudável, educado e "não queria ser incomodado".

Fontes