29 de dezembro de 2005

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Na manhã de ontem (28), a polícia chilena foi à casa de Augusto Pinochet, na capital Santiago, para tomar as impressões digitais e tirar a foto do homem de 90 anos. O advogado de Pinochet, Pablo Rodriguez, considerou o acontecimento um insulto: "Isto é insultante, mas o que nos dói mais não é um registro policial estar sendo sido feito com um ex-Presidente, mas o facto de não haver nenhuma base legal para isso.". Ele acrescentou ainda que o procedimento foi uma decisão arbitrária do juiz.

O juiz Vitor Montiglio ordenou que fossem tiradas as fotos e impressões digitais para criar um arquivo de Pinochet. O ex-Presidente está sob prisão domiciliar desde novembro passado.

Pinochet é acusado de participar da suposta Operação Colombo, onde 119 dissidentes políticos desapareceram durante o seu Governo, em meados da década de 70. O regime de Pinochet alega que todos eles morreram em confrontos com vários grupos de oposição.

Um porta-voz do actual Governo disse: "mais uma vez no Chile podemos afirmar felizmente que há igualdade perante a Lei e que os Tribunais de Justiça estão funcionando impecavelmente."

Pinochet tem ainda uma preocupações legais. Em novembro ele foi acusado de fraude fiscal e outros crimes que envolvem aproximadamente 27 milhões de dólares supostamente depositados em contas bancárias no exterior, segundo informou a agência Reuters.

Segunda-feira ele foi considerado apto a comparecer no julgamento dos desaparecidos durante a Operação Colombo. Anteriormente Pinochet tinha sido dispensado sob a alegação de problemas de saúde.

Fontes