Montpellier, França • 5 de março de 2009

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A unidade contra o terrorismo da polícia francesa, que investiga as ameaças de morte contra o presidente Nicolas Sarkozy e vários políticos de destaque na França, prendeu ontem um suspeito no sul do país, informaram os oficiais.

A polícia francesa informou que o suspeito detido, cuja identidade não foi revelada, tem de 40 até 50 anos, foi preso em sua residência, na cidade de Montpellier, conforme informações da AFP. Um oficial da polícia disse que todas as cartas ameaçadoras foram postadas na região de Montpellier.

A polícia francesa revelou mais tarde que ele é ex-membro das Forças Armadas do país, tem 42 anos e nasceu na Montpellier. Ele foi preso em seu apartamento, que foi revistado pelos agentes segundo ordens de promotores especializados em casos de contra-terrorismo, afirmou o porta-voz da polícia regional, Guillaume Neau.

Segundo um policial, que pediu anonimato, o homem foi delatado às autoridades por um conhecido. O motivo do envio das cartas ainda é desconhecido e nenhum outro detalhe foi divulgado.

Os policiais disseram que dez políticos conservadores, incluindo Sarkozy e os ministros de Justiça, Interior e Cultura, receberam envelopes nas últimas duas semanas contendo um cartucho de revólver e cartas enviadas por um autor desconhecido com ameaças como "vocês são todos homens mortos andando".

A ministra de Interior, Michele Alliot-Marie, afirmou aos repórteres ontem que a pessoa responsável pelas ameaças é claramente "desequilibrado".

A unidade de combate ao terrorismo da procuradoria de Paris, assim como a polícia antiterror da capital francesa, e o distrito de Herault ficaram a cargo da investigação.

Histórico

Cartas com ameaças de morte acompanhadas por balas de pistola foram enviadas em fevereiro para Sarkozy, à ministra do Interior, Michelle Alliot-Marie; à ministra da Justiça, Rachida Dati; e à ministra da Cultura, Christine Albanel. Além deles, o ex-primeiro-ministro Allain Juppé e integrantes do partido do presidente receberam cartas ameaçadoras.

As cartas de duas páginas, digitadas, traziam mensagens aos “assassinos da liberdade e legisladores fascistas”.

Fontes