Agência VOA

Angola.

Angola • 30 de outubro de 2014

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Um agente da polícia e um enfermeiro foram condenados a 24 anos de prisão pelo assassinato de um homem idoso que acusaram de ser responsável da morte do seu irmão por feitiçaria.

Trata-se de Mbandja António Mangundo Kavuvuvi tcp Neto, solteiro de 34 anos de idade (segundo subchefe da polícia nacional) e Calei António Kavuvuvi, solteiro de 37 anos de idade, enfermeiro, ambos filhos de António Kavuvuvi e de Helena Mutamba, naturais do Município de Camucuio, Província do Namibe.

A condenação dos dois irmãos, ambos funcionários públicos da polícia nacional e da saúde, resulta do facto, de sob acusação de feiticeiro, terem agredido até à morte o cidadão de 78 anos de idade, Nambalo Khole, depois de terem recorrido a um adivinhador no Município de Quipungo, provincia da Huila, que imputou a responsabilidade de ter sido o malogrado o autor misterioso da morte de Tchipa Tchimbaya, irmão dos réus ora condenados na pena máxima, segundo o código penal angolano.

O juiz Domingos Chingoma, durante a leitura do acórdão proferido ontem (29), disse que os réus agiram de modo premeditado e o tribunal não teve qualquer dúvida sobre a intenção dos mesmos.

O tribunal mandou restituir as 47 cabeças que extorquidas ao malogrado, assim como a reparação de outros danos patrimoniais e morais a favor dos herdeiros, avaliados na ordem de três milhões de kwanzas, o equivalente a 30 mil dólares, que deveram ser entregues aos herdeiros.

O advogado dos réus Vaz Pinto disse, no entanto, que não está satisfeito com a decisão e vai recorrer da sentença, alegando ausência de exames forenses ao cadáver para se determinar com clareza se o malogrado morreu ou não por espancamentos.

Os familiares da vítima dizem que a justiça foi feita, mas fizeram notar que o tribunal não estipulou o prazo de restituição dos bois espoliados pelos réus, assim como a idemninização pela morte do seu parente Khole Tchinanga.

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