21 de outubro de 2024

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Fethullah Gülen, o líder exilado do movimento gulenista (FETÖ), teria morrido em um hospital nos Estados Unidos.

Gulen, a figura controversa acusada de orquestrar a tentativa fracassada de golpe na Turquia em 15 de julho de 2016, faleceu em um hospital, de acordo com declarações de sua família e associados próximos. Ebuseleme Gulen, filho do irmão de Gulen, Mesih Gulen, confirmou sua morte por meio de um post nas redes sociais. O site Herkül, afiliado aos seguidores de Gülen, também anunciou a morte, e várias figuras ligadas ao movimento compartilharam a notícia online.

A causa da morte de Gulen permanece incerta, e mais detalhes devem ser divulgados em breve. Reportagens da mídia sugerem que ele enfrentava problemas de saúde há algum tempo. Gülen vive em exílio autoimposto na Pensilvânia, Estados Unidos, desde 1999, depois de fugir da Turquia em meio ao crescente escrutínio de suas atividades.

O movimento de Gülen, rotulado de organização terrorista (FETÖ) pela Turquia, enfrentou uma extensa reação legal e política. Após o memorando militar de 1997, um relatório da polícia de Ancara identificou o grupo como infiltrado nas forças de segurança do estado. Gulen fugiu para os Estados Unidos logo depois, citando problemas de saúde.

O governo turco apresentou sete pedidos formais de extradição aos Estados Undios, acusando Gulen de crimes que vão desde a organização da tentativa de golpe de 2016 até espionagem, fraude e lavagem de dinheiro. Sua organização supostamente se envolveu em várias atividades ilegais, incluindo adulteração de exames, escutas telefônicas e espionagem política.

Gulen nasceu em 27 de abril de 1941, em Pasinler, Erzurum. Depois de trabalhar como pregador e imã, ele construiu uma extensa rede de instituições educacionais e religiosas. Ao longo dos anos, seus ensinamentos evoluíram para um movimento que se estendeu por todos os setores, incluindo mídia e finanças.

No entanto, o relacionamento de Gulen com o Estado turco se deteriorou, culminando na tentativa de golpe, após a qual ele se tornou o principal suspeito em 45 casos legais. Seu papel no golpe fracassado de 2016 levou a prisões e expurgos generalizados dentro das instituições turcas.

Fontes

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