29 de junho de 2021

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O nome de Marco Maciel, ex-senador e ex-vice-presidente da República, será homenageado com uma sala no Congresso Nacional destinada a reuniões de comissões — o plenário 2 da Ala Nilo Coelho do Senado. A homenagem póstuma, proposta pelo senador Wellington Fagundes (PL-MT) e relatada pelo senador Jayme Campos (DEM-MT), foi aprovada no Plenário desta terça-feira (29). A matéria vai à promulgação. 

Marco Maciel morreu aos 80 anos, em 12 de junho, em decorrência de um quadro infeccioso respiratório. Há sete anos ele sofria do mal de Alzheimer.

Para Wellington Fagundes, Marco Maciel, que também foi governador de Pernambuco, era como um “ídolo” e parte como uma inspiração para os jovens brasileiros. O senador ainda nomeou o pernambucano como um “exemplo de valorização da conduta e do saber”. 

— Eu, particularmente, juntamente com os homens públicos da minha geração, testemunhei seu talento e sua dedicação no desempenho de todos esses papeis. Por isso, acredito que o culto à memória de Marco Maciel é uma resposta positiva aos anseios dos jovens brasileiros em busca de inspiração para a nossa vida cívico-política — comemorou o autor da proposta. 

Os senadores Esperidião Amin (PP-SC) e Fernando Bezerra (MDB-PE) também registraram a homenagem:

— Ficaremos muito honrados de, ao ler, de quando em quando, o nome de Marco Maciel, e vamos nos recordar do grande exemplo que ele deixou — disse Esperidião.

— Essa homenagem do Senado vai abrir uma página importante entre tantas homenagens que Marco Maciel será alvo não só no Brasil, mas, de forma particular, no meu estado, em Pernambuco. Ele servirá certamente de inspiração para as novas gerações pela sua lição de vida como homem público, sempre muito reto e sempre apostando no diálogo e no entendimento — pontuou Bezerra.  

Trajetória

Nascido em 21 de julho de 1940, no Recife (PE), Marco Maciel iniciou a carreira política ainda na universidade. Em 1963, foi presidente da União dos Estudantes de Pernambuco e chegou a disputar o comando da União Nacional dos Estudantes (UNE), sendo derrotado pelo senador José Serra (PSDB-SP). Poucos anos depois, em 1966, foi eleito deputado estadual por Pernambuco, pela Aliança Renovadora Nacional (Arena).

No Legislativo federal, cumpriu três mandatos como deputado e presidiu a Câmara entre 1977 e 1979. Na sequência, foi indicado governador de Pernambuco (1979 a 1982) pelo então presidente Ernesto Geisel. Durante o governo José Sarney, Maciel atuou como ministro da Educação e Cultura (1985 a 1986) e ministro-chefe do Gabinete Civil da Presidência da República (1986 a 1987).

Nas eleições de 1986, o parlamentar iniciou a trajetória no Senado. Em 1994, foi eleito vice-presidente da República na chapa encabeçada pelo presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB-SP) — cargo que ocupou até 2002. No ano seguinte, ele voltou ao Senado para o exercício de um novo mandato, encerrado em 2011. A ligação com a política brasileira durou quase 50 anos. 

Fontes