Brasil • 17 de janeiro de 2006
A empresa estatal brasileira Petrobras publicou quatro anúncios publicitários na Revista Sem Terra, do MST.
O Professor Denis Lerrer Rosenfield, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), criticou em artigos de jornal a atitude da Petrobras. Ele disse: "Preocupei-me com um patrocínio dito cultural de uma publicação de caráter marcadamente político e partidário, voltada para o desrespeito ao estado de direito, à economia de mercado e às instituições republicanas." E acrescentou: "Tudo na revista é permeado pela luta de classe. Lá há elogios ao Evo Morales e Hugo Chávez."
A empresa disse que o objetivo da publicação dos anúncios foi "alcançar um público formador de opinião como professores, profissionais liberais, sindicatos urbanos, partidos políticos e apoiadores internacionais, além do público-alvo – camponeses, agricultores e sem-terra".
O MST divulgou nota defendendo a publicação dos anúncios: "Desde que não desrespeite crenças religiosas, orientações filosóficas ou políticas, todo e qualquer veículo de comunicação pode ser veiculado na sociedade e receber anúncio estatal ou privado. Quem decide o destino das verbas é o próprio governo."
Os anúncios custaram R$ 45 mil reais aos cofres públicos.
Fontes
- Carlos Rydlewski. Sem terra, mas com anúncio [inativa] — Veja, 18 de janeiro de 2006. Página visitada em 17 de janeiro de 2006
. Arquivada em 18 de outubro de 2007 (para quem comprou a revista)
- Maiá Menezes e Ricardo Galhardo. Anúncio oficial em revista do MST causa polêmica — O Globo, 10 de janeiro de 2006
- Petrobras divulga nota sobre anúncio na revista Sem Terra, do MST — Gazeta On Line, 10 de janeiro de 2006
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