15 de outubro de 2018

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O IBOPE divulgou nesta segunda-feira (15) o resultado da primeira pesquisa do instituto sobre o segundo turno da eleição presidencial. O levantamento foi realizado no sábado (13) e domingo (14) e tem margem de erro de 2 pontos, para mais ou para menos.

Nos votos válidos, os resultados foram os seguintes:

• Jair Bolsonaro (PSL): 59%

• Fernando Haddad (PT): 41%

Nos votos totais, Jair Bolsonaro, do PSL, tem 52%, e Haddad, 37%. A pesquisa é a primeira do Ibope no segundo turno das eleições.

Também o levantamento do BTG/FSB e do Instituto Paraná mostram o candidato do PSL bem à frente de Haddad.

O conselho editorial do Wall Street Journal justificou estes indices do candidato presidencial conservador do Brasil, Jair Bolsonaro devido que, para o brasileiro comum, o “susto vermelho” é mais uma vez muito real, com políticos poderosos no país transformando o Brasil em outra Venezuela em um piscar de olhos. O editorial também mencionou que os progressistas globais estavam tendo “um ataque de ansiedade” pela popularidade do Bolsonaro.

Após uma quase vitória na primeira rodada da eleição presidencial do país, Bolsonaro deve enfrentar o segundo candidato mais popular, Fernando Haddad, do Partido dos Trabalhadores, em 28 de outubro. Ganhando 46% do voto popular no primeiro turno, Bolsonaro é o favorito para vencer. A popularidade de Haddad cresceu nas mídias sociais recentemente por causa do Movimento EleNão contra o líder conservador, talvez inspirada pelo NeverTrump.

Mas por causa da proximidade de Haddad ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que atualmente está preso por seu papel em um esquema de corrupção considerado um dos maiores escândalos da história do país, muitos acreditam que Bolsonaro está prestes a ser o próximo presidente do Brasil.

Considerando o passado do Partido dos Trabalhadores e o apoio aberto aos ideais comunistas, a oposição de Bolsonaro aos antigos governos socialistas democratas do país rapidamente o destacou como uma figura muitas vezes antagônica.

Infelizmente, a assim chamada retórica socialista democrata que moldou a política brasileira nas últimas duas décadas continua viva e bem entre muitos. Então, quando um candidato anti-comunismo e pró-negócios apareceu como o favorito para vencer após o impeachment de Dilma Rousseff, do Partido dos Trabalhadores, os ativistas não perderam tempo.

Para entender Bolsonaro, portanto, é preciso entender a longa briga do Brasil entre os ideais liberais clássicos e os socialistas, e como as facções políticas aproveitam essas ideologias sempre que possível.

Como o WSJ explica, Haddad está tentando reescrever a constituição brasileira para espelhar o que Hugo Chávez fez na Venezuela, dando ao presidente o poder de governar as promoções militares. À luz do que os brasileiros veem acontecendo no país vizinho, a plataforma de Bolsonaro, que inclui promessas de privatização, restrição dos gastos do governo e desregulamentação de grande parte da economia, parece muito mais realista e plausível.

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