1 de setembro de 2019

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Mar del Plata, 2003: “Eu lembro de muito frio. A gente não tinha nem agasalho adequado. Hoje, recrutamos uma excelente equipe de apoio”, diz a atleta Edênia Garcia, ao lembrar o primeiro título dessa série. Ela acrescenta que hoje, aos 32 anos, consegue desfrutar mais o título. “Tentar entender o que está acontecendo comigo. Quando eu era mais nova, só pensava em ganhar. Quanto mais medalha, melhor.”

A atleta fez história em Lima com o pentacampeonato dos 50 metros costas da classe S3, cravando 57 segundos e dois centésimos (recorde do campeonato).

No pódio, a nadadora, que nasceu com polineuropatia sensitiva motora, doença progressiva que traz dificuldades de movimentos, chorou. “Os últimos três anos foram muito pesados para mim. Perdi o meu pai, não tive bom desempenho nos Jogos do Rio de Janeiro. Saí com algumas sequelas de todo esse processo. Aqui mesmo em Lima, sofri muito de ansiedade antes da prova dos 50 metros livre. Mas estamos começando a melhorar.”

Já são dois anos de acompanhamento direto com um médico. E as orientações seguidas pela nadadora são mais intensidade e menos metragem. “A ideia é não repetir o overtraining que passei no período da Rio 2016. Perdi movimentos do polegar da mão esquerda, tenho bastante fadiga muscular durante os treinos. O meu diafragma também sofre muitas vezes. Por isso, agora estou priorizando mais qualidade de vida”.

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