4 de junho de 2020

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A COVID-19 está interrompendo o cronograma de vacinação e colocando milhões de crianças - em países ricos e pobres - em risco de doenças como difteria, sarampo e poliomielite. Esse alerta vem da Organização Mundial da Saúde, do UNICEF e da Gavi, a Aliança das Vacinas.

Segundo essas instituições, a programação está comprometia em pelo menos 68 países, afetando cerca de 80 milhões de crianças menores de 1 ano. Esse é o maior impacto desde o Programas de Imunização na década de 1970.

"A imunização é uma das ferramentas mais poderosas e fundamentais de prevenção de doenças na história da saúde pública", disse o Dr. Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS. "A interrupção dos programas de imunização durante a pandemia do COVID-19 ameaça desbravar décadas de progresso contra doenças preveníveis por vacina, como o sarampo".

As motivações são amplas: o isolamento social, a falta de informação, medo da COVID-19, falta de profissionais da saúde e equipamento de proteção.

"Mais crianças em mais países estão agora protegidas contra mais doenças evitáveis ​​por vacina do que em qualquer ponto da história", disse o Dr. Seth Berkley, CEO da Gavi. "Devido ao COVID-19, esse imenso progresso está agora ameaçado, arriscando o ressurgimento de doenças como sarampo e poliomielite. A manutenção de programas de imunização não apenas evitará mais surtos, como também garantirá a infra-estrutura necessária para implantar uma eventual vacina para a COVID-19 em escala global".

O atraso no transporte das vacinas também é um problema. Devido às restrições e à queda de voos comerciais, houve registros de adiamentos nas entregas. A UNICEF pediu apoio de governos e do setor privado para evitar isso.

"Não podemos deixar que a nossa luta contra uma doença venha à custa do progresso a longo prazo da luta contra outras doenças", disse Henrietta Fore, diretora executiva do UNICEF. "Temos vacinas eficazes contra sarampo, poliomielite e cólera. Embora as circunstâncias possam exigir uma pausa temporária de alguns esforços de imunização, essas imunizações devem reiniciar o mais rápido possível, ou corremos o risco de trocar um surto mortal por outro".

Fontes