Agência Brasil

6 de julho de 2009

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Pelo menos 140 pessoas morreram e 800 ficaram feridas ontem (5) durante um protesto na província de Xijiang, no oeste da China. Além disso, centenas de pessoas foram presas durante o incidente, que começou com um protesto de muçulmana uigures na cidade de Ürumqi. As informações são da BBC Brasil.

As autoridades chinesas afirmam que os manifestantes destruíram carros e atacaram ônibus e pessoas que passavam pelas ruas. Já líderes uigures exilados acusam os policiais de terem atirado indiscriminadamente durante o que chamaram de "um protesto pacífico". De acordo com a agência de notícias estatal Xinhua, a polícia conseguiu restabelecer a ordem em seguida.

Os protestos ocorreram depois que dois migrantes uigures teriam sido mortos por um homem da etnia han (maioria na China) durante uma briga, no mês passado, em uma fábrica na cidade de Shaoguan, na província de Guangdong, ao sul da China. O confronto teria deixado 118 feridos.

Mas o governo de Xinjiang atribuiu a de violência do domingo à empresária Rebiya Kadeer, líder uigur, que vive no exílio nos Estados Unidos. "Uma investigação inicial mostrou que a violência foi idealizada pelo Congresso Mundial Uigur, liderado por Rebiya Kadeer, e de inclinação separatista", disse o governo em um comunicado.

A província de Xijiang é majoritariamente muçulmana e a comunidade uigur reclama do domínio do governo central chinês. Já o governo acusa separatistas uigures, de outros países, de liderarem ataques contra chineses da etnia han, que representam cerca de 90% da população do país.

Fontes