30 de março de 2021

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As demissões do ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, e do ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, causaram repercussão entre os senadores. O presidente Jair Bolsonaro também fez mudanças em outras pastas nesta segunda-feira (29).

O senador Humberto Costa (PT-PE) publicou que a passagem do chanceler pelo Itamaraty foi “patética” e “marcada pela destruição”. “Poucas pessoas foram tão desqualificadas para comandar o Itamaraty como Ernesto Araújo. A sua passagem por lá foi patética e marcada pela destruição de um legado de décadas construído pela diplomacia brasileira em política externa. É mais um que já vai tarde”, disse o parlamentar. 

Presidente Jair Bolsonaro

Fabiano Contarato (Rede-ES) também se pronunciou sobre a demissão do ministro. Ele afirmou que Ernesto Araújo provocou a destruição da imagem e da diplomacia do país: “É fácil ‘pedir pra sair’ quando seria obrigatoriamente ‘saído’: já vai tarde, Ernesto Araújo! Duro mesmo será seu legado de destruição para a imagem do país e para a nossa diplomacia profissional: seus efeitos deletérios serão sentidos por um longo período”.

“Reorganizar a rota”

Para o senador Rodrigo Cunha (PSDB-AL), a troca do ministro das Relações Exteriores é “uma oportunidade de o Brasil reorganizar sua rota”.

“Que o novo caminho escolhido seja guiado pela ciência, com o objetivo de salvar vidas e recuperar o respeito internacional que nosso país realmente merece. A falta de um chanceler empático às dificuldades enfrentadas pelo Brasil durante a pandemia nos levou à enorme dificuldade atual na aquisição de doses de vacina. Estamos completamente atrasados perante o mundo”, afirmou Rodrigo Cunha.

Em nota, o senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE), que está em recuperação da covid-19, declarou que é Ernesto Araújo é “despreparado e radical”: “O ministro Ernesto Araújo não mostrou em nenhum momento capacidade para ocupar uma cadeira tão importante. Despreparado e com posicionamentos radicais, causou prejuízos severos para o país, em especial na disputa geopolítica pelas vacinas".

Ministro da Defesa

Em relação à demissão do ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, os senadores avaliaram que o episódio também aprofunda a crise e compromete a imagem do governo Bolsonaro.

Em nota, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) disse ter confiança na lealdade das Forças Armadas Brasileiras.

“O Exército, a Marinha e a Aeronáutica não juram compromisso a uma pessoa; juram compromisso às instituições democráticas e à Constituição Brasileira. Destaco o seguinte trecho da nota do agora ex-ministro Fernando Azevedo: 'preservei as Forças Armadas como instituições de Estado'. E é assim que deve ser. Tenho confiança na lealdade dos chefes das três armas à Constituição do Brasil”, ressaltou Randolfe em nota distribuída por sua assessoria.

No Twitter, o senador Paulo Rocha (PT-PA) comentou a demissão de Fernando Azevedo e Silva.

“O governo Bolsonaro está desabando! Ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva acaba de pedir demissão. Por ser um governo fraco e incompetente, Bolsonaro pede o cargo ao general Fernando Azevedo e Silva, do Ministério da Defesa, para acomodar um afilhado de confiança. Dois ministros pedindo demissão no mesmo dia [outros ministros foram substituídos em seguida, nesta mesma segunda-feira]. O presidente da República deveria aproveitar o embalo e fazer o mesmo. O governo se perdeu no discurso ideológico e deixou o país no fundo do poço. A saída mais digna para Bolsonaro, neste momento, é a renúncia”, publicou Paulo Rocha.

Ao deixar o cargo, o ex-ministro da Defesa não anunciou o motivo do seu desligamento da pasta.

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