Brasil • 29 de maio de 2014
Uma pesquisa feita pela Fiocruz e pelo Ministério da Saúde em 2011 e 2012, e divulgada nesta quinta-feira (29), revelou que 52% dos nascimentos em hospitais brasileiros, dentre públicos e privados, acontecem por cesariana, chegando a 88% ao se considerarem apenas os hospitais privados. O índice recomendado pela Organização Mundial de Saúde é de apenas 15%. Além disso, 36% das mães entram na rede privada querendo fazer cesariana e, ao longo da gestação, esse índice aumenta para 88%. Na rede pública, 15% querem fazer cirurgia desde o início, e, durante a gravidez, há um aumento que chega aos 40% de cesarianas realizadas no SUS.
A pesquisa também abordou o planejamento familiar. Dentre as mães ouvidas, 45% desejavam a gravidez e 9% ficaram insatisfeitas ao saber que esperavam um bebê. Um percentual de 2,3% das mulheres tentou interromper a gravidez, mas estas não tiveram sucesso. Estima-se que um quarto das gestações levam ao aborto no país, o que é uma das principais causas de morte materna. Outra informação é que 26% das mães tiveram sintomas de depressão pós-parto. Segundo Maria do Carmo Leal, coordenadora da pesquisa, "É um problema muito comum no mundo e maior ainda no Brasil. Identificamos que ele é mais frequente em mulheres de famílias pobres que tiveram gravidez indesejada. Isso indica que o planejamento da gravidez é muito importante”.
Fontes
- ((pt)) Daniel Silveira. Partos por cesariana chegam a 88% na rede privada, mostra pesquisa — Portal G1, 29 de maio de 2014
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