9 de fevereiro de 2017
Os partidos da oposição angolana dizem que vão fiscalizar os resultados eleitorais numa frente única e certos setores da sociedade civil também se movimentam a seis meses do ato eleitoral.
O secretário-geral adjunto da UNITA, Rafael Massanga, disse que o seu partido já não vai “engolir sapos”, como nas duas últimas eleições e que está preparada para fiscalizar o pleito eleitoral.
“Toda a gente ouviu o presidente Samakuva dizer que a UNITA desta vez não vai mais engolir sapo, ou seja, a UNITA não está só preparada para fiscalizar como para ganhar as eleições”, disse Massanga.
Já Lindo Bernardo Tito, vice-presidente e porta-voz da CASA-CE, admite que os partidos da oposição aventam a possibilidade de criar uma frente única para a fiscalização eleitoral em 2017.
“Os partidos estão amadurecendo as suas opiniões e esperamos que dentro de dias os partidos possam sentar para delinear este modelo de fiscalização conjunta”, revelou.
Entretanto, a sociedade civil também se mobiliza nesse sentido.
O ativista cívico e professor Domingos da Cruz apresenta amanhã, 10, em Luanda um aplicativo online capaz de denunciar irregularidades no processo eleitoral.
“O simples fato de as pessoas registrarem tudo o que observam no processo eleitoral de forma segura e enviar de forma anônima já é uma vantagem”, explicou Cruz.
De recordar que nas eleições de 2012, em Angola, não houve observadores internacionais e as embaixadas não tiveram credenciais de monitores.
Fonte
- ((pt)) Coque Mukuta. Partidos e sociedade civil fiscalizam eleições em Angola — Voz da América, 9 de fevereiro de 2017
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