Brasil • 13 de agosto de 2005

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Os parlamentares brasileiros assisitiram ao pronunciamento de sexta-feira (12) do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A senadora Ideli Salvatti (PT) disse que a fala de Lula foi uma demonstração "contundente" da indignação e da intenção de punir os envolvidos. A senadora afirmou que o discurso de Lula foi dirigido aos ministros e ela espera que o presidente faça em breve outro pronunciamento, desta vez dirigido ao povo brasileiro. Para o deputado José Eduardo Cardozo (PT-SP) Lula "reforçou compromisso com a ética" e defender o PT representa hoje "apurar a verdade e colocar para fora quem errou".

Para o Senador Luiz Otávio (PMDB-PA), o pronunciamento feito pelo Presidente Luiz Inácio Lula da Silva "foi claro e tranqüilo".

Já o senador Cristovam Buarque (PT-DF) disse sentir-se "frustrado, angustiado e bastante preocupado" com os rumos do país. Para ele a fala do presidente não apresentou a "dimensão histórica" exigida pelo momento, além de não esclarecer suficientemente as denúncias de irregularidades que provocaram a atual crise política.

O deputado Gustavo Fruet (PSDB-PR), que é sub-relator de uma das Comissões Parlamentares de Inquérito disse que Lula perdeu a chance de dar uma resposta mais dura às denúncias e referiu-se a seu pronunciamento como "mais um cartucho perdido" e "morno".

Para o senador Arthur Virgílio (PSDB,AM) o discurso de Lula foram : "desculpas ao léu e ao vento". Virgílio disse:

O senhor [Presidente Lula] não olhou no olho, não falou para a Nação com sinceridade, não apontou corruptos, não fez nada, a não ser tentar ganhar tempo. Foi a peça mais pífia e mais indigna da história brasileira que eu já presenciei um presidente pronunciar. O senhor não olhou no olho. Na única vez em que tentou olhar para o olho do telespectador, olhou para o teto. É um presidente que foge do olhar dos brasileiros. Maquiadíssimo, tentou enganar a população, dando a entender que a corrupção que está indignando o povo não é praticada com o conhecimento dele, nas barbas dele, pelo governo dele. Decepcionou porque não mostrou a coragem, a ousadia e a sinceridade que se espera do primeiro mandatário de uma Nação.

Para o senador José Agripino (PFL-RN) as desculpas do presidente foram "da boca para fora". Ele disse que Lula preferiu não citar nomes porque tem medo de, mais à frente, ouvir deles: "Você me entregou, mas você era um de nós, sabia de tudo".

Agripino acredita que Lula move-se em direção ao fim. Para ele Lula perdeu a oportunidade de redimir-se com a opinião pública e readquirir a sua dignidade. O senador disse que deve-se continuar a coletar evidências jurídicas e legais, o que chamou de obrigação da oposição. "Levar as investigações às suas ultimas conseqüências, doa a quem doer, cheguem onde chegar", foram suas palavras.

O senador José Agripino ainda acrescentou:

Se houver constatação de crime eleitoral ou qualquer outro tipo de crime onde a punição seja o impedimento do mandato, nós teremos que chegar lá por determinação legal. Se as evidências levarem a crime eleitoral ou algum tipo de crime cuja penalidade seja o impeachment, nós não hesitaremos em chegar lá.

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