12 de janeiro de 2021

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O Papa Francisco mudou a lei da igreja ontem, 11 de janeiro, para permitir formalmente que as mulheres assumam mais papéis dentro da Igreja Católica.

O decreto, denominado "Spiritus Domini" (O Espírito do Senhor), permitirá que as mulheres sirvam como leitoras e coroinhas, bem como possam ajudar os sacerdotes durante o serviço ou na administração da Sagrada Comunhão. Ele atualiza oficialmente o Código de Direito Canônico para refletir que "leigos (...) podem ser admitidos em uma base estável através do rito litúrgico prescrito para os ministérios de leitor e acólito".

Em muitas dioceses as mulheres já eram autorizadas a realizar essas atividades. A decisão vem como um movimento formal de Francisco, que tem defendido publicamente uma igreja mais diversa e inclusiva, para impedir que os bispos conservadores imponham serviços de altar exclusivamente masculinos em suas jurisdições. "A decisão de conferir estes cargos inclusive às mulheres, que implica estabilidade, reconhecimento público e mandato do bispo, tornará mais efetiva a participação de todos na obra de evangelização", afirma o decreto.

Francisco, porém, reiterou que o sacerdócio continua sendo um caminho exclusivamente masculino.

Durante anos, Francisco analisou a possibilidade de expandir o papel das mulheres na igreja. Em abril de 2020, o papa estabeleceu uma comissão para estudar se as mulheres deveriam ter o direito de se tornarem diáconos ordenados. Isso permitiria às mulheres pregar e batizar, mas não conduzir a missa.

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