Brasil • 11 de novembro de 2014

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Após criar um conselho com representantes da sociedade, empresários e agências reguladoras com o objetivo de discutir propostas para enfrentar problemas da infraestrutura brasileira, representantes do Pacto pela Infraestrutura Nacional e Eficiência Energética procuram obter a chancela do governo federal para que os projetos de melhoria do setor sejam implementados de forma integrada.

Jussara Ribeiro, presidenta do instituto Besc, César Meireles, diretor-executivo da Associação Brasileira de Operadores Logísticos (ABOL), e Aurélio Murta, professor da Universidade Federal Fluminense, reuniram-se hoje (10) com o ministro das Relações Institucionais, Ricardo Berzoini, para entregar relatório da primeira edição do seminário promovido pelo Pacto. Nele, estão descritos 36 tópicos necessários para melhoria da gestão e do planejamento do setor no país. Um deles é o estabelecimento de um marco regulatório.

Conforme Jussara, o ministro sinalizou que a Casa Civil pode indicar um representante para compor o conselho, hoje com 56 membros entre diretores de empresas de alimentos, presidentes de associações nacionais de transporte, além de integrantes do Tribunal de Contas da União e da Receita Federal.

“É um grupo eclético, de altíssimo nível. É a nata da sociedade produtiva brasileira. […] Quando reunimos todas essas melhores cabeças, sai muita coisa boa. Isso nós ofertamos para o governo”, afirmou Jussara. Para que esse representante seja indicado, uma nova reunião será agendada com o ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante.

O país investiu pouco e mal em infraestrutura nas últimas décadas, avaliou César. “Precisamos ter uma governança clara, de modo que as áreas estejam muito bem definidas. Hoje, temos uma sobreposição de gestão. Temos o Ministério dos Transportes, a Secretaria Especial de Portos,e, ao mesmo tempo, agências com papéis conflitantes”, criticou. Segundo ele, o conselho é propositivo.

“O propósito é reunir vários atores do setor de infraestrutura. O grupo entende que não há como desenvolver projetos sustentáveis, duradouros e eficazes sem um pacto. Você só desenvolve multimodalidade se todos estiverem comprometidos”, destacou, lembrando que o próximo seminário do pacto está agendado para agosto de 2015.

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