Agência VOA

Angola.

Há falta de medicamentos e de espaço e trabalhadores são acusados de maus-tratos.

9 de fevereiro de 2015

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Os pacientes que procura o Hospital Geral do Uíge não estão contentes com gestão da unidade e as faltas de condições na mais importante estrutura de saúde da província.

As autoridades que superintendem a saúde na província não avançam as razões que estarão por trás da falta de medicamentos e o elevado número de pacientes que são atendidos à base de receitas médicas apenas, mas a VOA sabe existir grandes deficiência neste capitulo e falta de profissionais de saúde para responder à demanda da população.

O problema da falta de medicamentos no Hospital Geral do Uíge está longe de ser resolvido por se tratar de uma situação que perdura há vários anos. Este facto deixa preocupada a população que quer saber o verdadeiro destino da verba que o hospital recebe no Orçamento Geral do Estado.

“Falam sempre nos seus discursos políticos que o mais importante é resolver os problemas do povo quando num hospital desta dimensão há carência de medicamento para ao menos combater o paludismo, todos os dias se fala em combater a malária, mas com os actuais gestores que temos neste hospital é impossível, a minha pergunta é se o hospital tem uma verba ou não? Se tem como é feita esta gestão?”, questionou um dos munícipes ouvidos pela VOA que preferiu não revelar o nome.

Dona Filomena dos Santos, mãe que levou a sua filha ao hospital, afirma ter saído sem nenhuma carteira de Paracetamol, mas apenas a receita passada pelo médico. “Depois das consultas acusou malária, e o medico passou-me a receita para comprar o medicamento, já consegui comprar três laminas, só falta o Quartem e Paracetamol”, conta.

Entretanto, outros recorrem às clínicas provadas para fugirem dos maus-tratos por parte dos funcionários do hospital, como conta Alberto David. “Eu prefiro ir a uma clínica privada, do que ir ser tratado de uma forma desumana, em que o paciente fica horas à espera do atendimento, só para fazer uma simples consultas, que depois termina com a receita”, diz David que concluiu: “o semblante em si do enfermeiro já da medo com os berros, não há atendimento de forma carinhosa”.

Já na maternidade do Hospital Geral do Uíge, as famílias que acompanham as mulheres em trabalhos do parto passam as noites ao ar livre por falta de espaço. Os pacientes, no entanto, recusam a fazer isso por ficar longe da maternidade.

No que se refere às condições de higiene, os populares queixam-se da falta de latrinas.

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