Agência Brasil

9 de julho de 2008

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Ao menos uma vitória as cinco nações emergentes do G5 podem contabilizar no balanço da reunião de cúpula do G8, encerrada hoje (9) na Ilha de Hokkaido, no Japão. Brasil, China, Índia, México e África do Sul conseguiram vencer a resistência italiana a uma participação mais efetiva nos debates do G8.

Depois de encontro bilateral com o presidente Silvio Berluschoni, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva informou a decisão italiana de ampliar o papel do G5 na cúpula do ano que vem, na Itália. Em vez das cerca de duas horas habituais, o encontro ampliado do G8 com as potências emergentes durará um dia inteiro. O G5 também estará na mesa ao lado dos sete países mais industrializados do mundo e a Rússia na tradicional reunião ampliada com países africanos.

"É uma evolução extremamente importante e vários presidentes já estão defendendo a idéia de que é preciso ter um bloco só e discutir as coisas conjuntamente", disse Lula à imprensa. O presidente francês, Nicolas Sarkozy, é um dos que vêm defendendo publicamente a ampliação do G8. "Essas coisas nunca são fáceis. Se uma simples negociação sindical demora, às vezes, um mês, um mês e meio para resolver, na relação entre estados demora muito mais e temos apenas que trabalhar com o objetivo de concretizar isso", ponderou Lula.

O presidente lembrou que o Brasil participa como convidado do G8 desde a reunião de 2003, em Evian (França) - só não foi à cúpula dos Estados Unidos, em 2004, porque o presidente George W. Bush não quis reunir o G8 e o G5. Brasil, China, Índia, México e África do Sul participam como convidado do G8 desde a cúpula de 2005, em Gleanegles (Escócia), mas apenas em reuniões ampliadas, sem qualquer interferência nos processos decisórios do grupo de poderosos.

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