10 de março de 2008

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A economia portuguesa cresceu 1,9% no ano passado, o ritmo mais alto desde 2001, e acabou o ano em aceleração, confirmou nesta segunda-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE) de Portugal.

O ritmo de expansão verificado supera as últimas estimativas do governo luso, que mantinha uma expectativa de crescimento de 1,8%, e das principais organizações internacionais, que apostavam no mesmo valor. O INE diz que o crescimento em 2007, que supera em 0,6 ponto porcentual o verificado em 2006, foi “muito influenciado pela evolução da demanda interna, sobretudo devido à recuperação do investimento”.

O investimento foi o principal responsável pela aceleração da demanda interna portuguesa, crescendo 3,2% em 2007, após ter caído 0,8% no ano anterior. A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) em Máquinas e Equipamentos foi a componente que mais contribuiu para a evolução do investimento, tendo aumentado 6,9% em 2007, contra 1,4% em 2006.

“A aceleração da demanda interna mais do que compensou a redução da contribuição da demanda externa líquida para o crescimento do PIB”, diz o INE.

A demanda interna contribuiu em 1,8 ponto porcentual para o crescimento da economia verificado em 2007, valor seis vezes maior do que o de 2006. Já a demanda externa contribuiu com apenas 0,1 ponto porcentual, ou seja, um décimo do verificado no ano anterior. Em termos nominais, o PIB luso atingiu 162,9 bilhões de euros.

No quarto trimestre de 2007, o PIB cresceu 2% face a igual período de 2006, acelerando em relação ao trimestre anterior, que registrou 1,7% crescimento.

O INE explica que “esta aceleração esteve associada à evolução da demanda interna, cuja contribuição para o crescimento do PIB foi de 3,4 pontos porcentuais no quarto trimestre, sobretudo em função do comportamento do investimento”. “Em sentido inverso esteve a procura externa líquida, com uma contribuição” negativa de 1,4 ponto porcentual.

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