8 de setembro de 2015
Instituições de defesa dos direitos humanos pedem mais solidariedade dos Estados Unidos diante do grande número de refugiados que buscam abrigo na Europa. As imagens de famílias com filhos no colo vagando pela Europa e a foto do menino Aylan Kurdi, de 3 anos, morto em uma praia da Turquia, aumentaram a pressão sobre a maior economia e principal potência militar do mundo.
A organização International Rescue Committee, que ajuda pessoas que fogem de conflitos e desastres naturais, pediu aos Estados Unidos que recebam 65 mil refugiados até o fim do ano que vem. No site na internet, a instituição faz um apelo aos líderes da Jordânia, França, Reino Unido e Estados Unidos para que recebam os refugiados com boas-vindas.
A instituição Oxfam America quer que pelo menos 70 mil sírios sejam abrigados em território norte-americano. No Twitter, a instituição pede também uma solução política para essa população que enfrenta uma guerra civil que se arrasta há mais de 4 anos.
Até agora, os Estados Unidos receberam apenas 1.541 refugiados. O número é muito pequeno diante dos 800 mil que a Alemanha espera abrigar este ano.
Os norte-americanos são os principais financiadores da ajuda humanitária concedida a refugiados da Síria na Jordânia e no Líbano. Mais de US$ 4 bilhões foram gastos em programas de alimentação e suporte a refugiados.
Pressionada a fazer mais, a Casa Branca estuda como ajudar. O porta-voz Josh Earnest disse hoje (8) que os Estados Unidos avaliarão medidas adicionais para socorrer os países que estão suportando o impacto da chegada maciça de refugiados.
Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), na Síria a luta entre o presidente Bashar al-Assad e rebeldes deixou mais de 220 mil mil mortos. O número de refugiados sírios passam de 4 milhões. Com migrantes de outros países em conflito no Oriente Médio e na África, eles percorrem a Europa em busca de um lugar para reconstruir a vida.
Nos Estados Unidos, um dos problemas para oferecer abrigo a refugiados do Oriente Médio é a preocupação com o terrorismo. Ao abrir as portas a vítimas dos conflitos, congressistas republicanos, como o deputado, Michael McCaul, do Texas, e o deputado do estado de Nova York, Peter King, temem trazer junto terroristas.
O argumento, no entanto, é criticado mesmo internamente. Em entrevista à imprensa norte-americana, o diretor de Política de Imigração da Conferência dos Bispos dos Estados Unidos, Kevin Appleby, afirmou que a preocupação é descabida porque os antecedentes dos refugiados são verificados pelas Nações Unidas e também por oficiais norte-americanos.
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A versão original, ou partes dela, foram extraídas da Agência Brasil, sob a licença CC BY 3.0 BR. |
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