20 de fevereiro de 2008

Bandeira do PPP, grande vitorioso das eleições paquistanesas.
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A oposição paquistanesa confirmou as projeções e sai como a grande vitoriosa das eleições parlamentares que ocorreram na última segunda-feira. O Partido Popular do Paquistão (PPP), do qual fazia parte a ex-primeira-ministra do país Benazir Bhutto, assassinada em dezembro de 2007, e a Liga Muçulmana do Paquistão - ala Nawaz (PML-N) do ex-primeiro-ministro Nawaz Sharif, derrubado em 1999 pelo golpe de Estado militar, conseguiram expressiva votação, levando a grande maioria das cadeiras do Parlamento.

Os números da televisão estatal situavam no fim do dia o PPP, partido liderado pelo viúvo de Bhutto, Asif Ali Zardari, à frente, com 86 assentos, seguido pelo PML-N (65), com grande vantagem sobre o PML-Q (37) e seu tradicional aliado, o MQM (19).

"Formaremos um governo de consenso nacional que incluirá todas as forças democráticas", afirmou Zardari, sobre uma reunião que terá com Sharif.

Já o presidente Pervez Musharraf informou, por meio de seu porta-voz, que aceitará os resultados do pleito. Disse também que "esta não é uma eleição presidencial. O presidente Musharraf já foi eleito por cinco anos", sobre o fato de o presidente ficar vulnerável, do ponto de vista político.

A grande surpresa ficou pela grande queda no número de cadeiras conquistadas pelos partidos tidos como fundamentalistas islâmicos. A ligação desses partidos com a Al Qaeda e com os talebans enfraqueceu-os, junto ao eleitorado.

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Fontes