Empresários portugueses dizem que a lei é "amigável".
27 de julho de 2015
A Lei de Investimento Privado aprovada na semana passada pelo Parlamento angolano dá mais incentivos ao investidor estrangeiro com maior participação de capital angolano no negócio e define sectores para os quais a participação mínima de parceiros nacionais é de 35% (trinta e cinco por cento) do capital accionista.
A Agência Nacional de Investimento Privado (ANIP) passa a ter apenas a função de promotor de investimentos privados no exterior, devendo os departamentos sectoriais ter uma maior intervenção na análise e tratamento dos projectos de investimento.
O ministro angolano da Economia, Abraão Gourgel, disse que esta alteração visa reduzir.
A imprensa portuguesa referiu este fim de semana que os empresários lusos que detém a maioria das empresas estrangeiras em Angola consideram a nova lei como sendo “amigável”, mas políticos angolanos manifestam dúvidas em relação à eficácia e a oportunidade do diploma.
O líder da FNLA, Lucas Ngonda, considera que a nova lei visa proteger figuras ligadas ao partido no poder, o MPLA.
Por seu turno, o vice-presidente da Casa-CE, André Mendes da Carvalho, afirmou que a lei vai dar mais poderes ao Presidente da República.
Benedito Daniel, do PRS, vai mais longe e diz que Angola não protege os investimentos dos seus próprios cidadãos.
Entretanto, segundo Gourgel, a nova lei dá cobertura aos investimentos cujos investidores não pretendam usufruir dos benefícios fiscais vigentes e daqueles realizados em regimes anteriores.
O ministro da Economia disse que o Governo pretende que a lei cubra todos os investimentos privados e estrangeiros realizados em Angola.
Fonte
- Redacção VOA. Oposição angolana critica lei do investimento privado — Voz da América, 27 de julho de 2015, 15:05
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