Agência VOA

27 de outubro de 2016

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O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) aceitou preliminarmente uma petição do antigo Presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva em que este afirma que teve os seus direitos humanos violados pelo juiz federal Sergio Moro, responsável pela Operação Lava Jato.

A revelação foi feita ontem (quarta-feira, 26), por advogados de Lula num comunicado. Aquela agência da ONU intimou o Governo brasileiro a apresentar "informações ou observações relevantes" sobre o caso em até dois meses.

Entre as violações apontadas pela petição movida pela defesa de Lula estão o facto de Lula da Silva ter sido levado coercitivamente para depor na polícia em Março deste ano, a divulgação de gravações de conversas telefónicas nas quais o antigo Presidente, os seus familiares e funcionários do Instituto Lula apareciam e a suposta antecipação de "juízo de valor" por parte de Moro em relação a Lula antes de um julgamento propriamente dito.

Cristiano Zanin Martins, um dos advogados de Lula e que assina o documento, disse que o antigo Presidente está a ser vítima de uma espécie de "lawfare", ou "arma de guerra", em que é eleito um inimigo e a lei passa a ser usada ou manipulada contra aquele definido como tal.

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