26 de julho de 2022

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De acordo com um relatório divulgado na terça-feira pelo Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos, pelo menos 22 defensores de direitos humanos foram mortos este ano na Colômbia e pelo menos 562 perderam a vida, entre 2016 e 2021.

O Escritório indicou, no entanto, que recebeu informações sobre 114 homicídios de defensores de direitos humanos em 2002, mas apenas 22 foram verificados até agora.

O texto aponta os grupos armados ilegais como os principais responsáveis ​​pelos homicídios.

"Grupos armados não estatais e organizações criminosas são responsáveis ​​por massacres, homicídios, desaparecimentos, violência sexual, recrutamento de crianças e adolescentes", disse Juliette De Rivero, representante na Colômbia do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos, durante a apresentação do relatório.

Apesar de um acordo de paz ter sido assinado em 2016 entre o governo do ex-presidente Juan Manuel Santos e as ex-Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC), ainda existem grupos armados que cometem crimes, como os dissidentes das FARC, o Exército de Libertação Nacional ELN e o Clã do Golfo.

“A crescente violência perpetrada por grupos armados e organizações criminosas na zona rural da Colômbia está tendo um impacto devastador, especialmente entre mulheres, crianças, afrodescendentes, líderes comunitários, povos indígenas e defensores dos direitos humanos”, afirma o relatório.

O representante na Colômbia do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos assegurou que "em alguns lugares esses grupos parecem suplantar algumas das funções do Estado e regular muitos aspectos da vida comunitária, inclusive tomando decisões sobre questões familiares ou de justiça local".

Fontes