28 de fevereiro de 2022

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A Assembleia Geral das Nações Unidas se reuniu na segunda-feira para tratar da crise na Ucrânia, quando as negociações de cessar-fogo entre autoridades russas e ucranianas começaram na fronteira com a Bielorrússia, depois que o Kremlin colocou seu arsenal nuclear em alerta durante o fim de semana.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, disse na segunda-feira que espera que as negociações "produzam não apenas uma cessação imediata dos combates, mas também um caminho para uma solução diplomática".

Ele descreveu a decisão do presidente russo, Vladimir Putin, no sábado, de colocar o arsenal nuclear da Rússia em alerta máximo como um "desenvolvimento assustador", dizendo à Assembleia Geral que o conflito nuclear é "inconcebível".

O embaixador da Ucrânia na ONU, Sergiy Kyslytsya, descreveu a ordem de Putin de colocar as forças nucleares russas em alerta como "loucura".

“Se você quer se matar, não precisa usar um arsenal nuclear, precisa fazer o que o cara de Berlim fez em um bunker, em 1945”, disse Kyslytsya à Assembleia Geral, referindo-se ao suicídio de Adolf Hitler.

Kyslytsya também apontou que, caso seu país seja esmagado, a paz internacional e a democracia estão em risco.

A Ucrânia “agora está pagando o preço mais alto por sua própria liberdade e segurança e do mundo”, disse o embaixador Sergiy Kyslytsya na primeira reunião de emergência da assembleia em décadas.

“Se a Ucrânia não sobreviver, a paz internacional não sobreviverá. Se a Ucrânia não sobreviver, as Nações Unidas não sobreviverão”, disse. “Não crie esperanças. Se a Ucrânia não sobreviver, não se surpreenda se a democracia cair em seguida.”

“As armas falam por enquanto, mas o caminho do diálogo deve sempre ser mantido aberto”, disse o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, à assembleia. “Precisamos de paz agora.”

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