Agência Brasil

Brasília, Distrito Federal, Brasil • 31 de julho de 2009

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O Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) quer explicações do ministro da Justiça, Tarso Genro, sobre declarações dadas por ele nesta semana ao jornal Folha de S.Paulo. O ministro sugeriu, na entrevista, que o vazamento de conversas de uma operação policial envolvendo a família Sarney poderia ter sido ser feito por advogados “para desviar o foco ou para comprovar a inocência de seu cliente".

Anteontem (29), a OAB protocolou uma interpelação judicial ao ministro no Supremo Tribunal Federal (STF). A entidade exige que o ministro da Justiça apresente os nomes dos profissionais da advocacia, que seriam responsáveis pelo vazamento.

O secretário-geral da OAB, Alberto Toron, classificou como "inaceitáveis" as declarações de Tarso por terem "enxovalhado" a honra dos advogados de uma forma genérica.

“Houve um vazamento criminoso das conversas envolvendo José Sarney, seu filho Fernando Sarney e Maria Beatriz Sarney, neta do presidente do Senado, e mais uma vez o Requerido [o ministro Tarso Genro] se apressa, ao que tudo indica, sem nenhuma apuração, em apontar os culpados de sempre: os advogados”, informa a OAB na ação protocolada.

“É inconcebível que uma declaração dessa gravidade, feita por uma autoridade do porte do Requerido, possa ficar solta no ar, conspurcando todos os advogados, quando é notório que o tipo de vazamento realizado, uma vez mais, tem nítido caráter incriminatório e jamais partiria dos advogados”, acrescentou a entidade na ação.

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