24 de junho de 2020

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Uma nuvem de gafanhotos, que já passou pelo Paraguai e nos últimos dias invadiu a Argentina, está deixando em alerta produtores e a Secretaria da Agricultura e Pecuária (Seapdr) do Rio Grande do Sul, após um comunicado enviado às autoridades brasileiras pelo Serviço Nacional de Sanidade e Qualidade Agroalimentar da Argentina (Senasa).

Ontem, os insetos estavam na cidade de Santa Fé, Argentina, a uma distância de cerca de 250 quilômetros da fronteira com o Rio Grande do Sul. "É uma distância relativamente próxima. Se essa nuvem persistir e as condições meteorológicas forem favoráveis ao ingresso da praga no Estado, pode afetar algumas culturas e inclusive pastagens", enfatizou o fiscal agropecuário Ricardo Felicetti, chefe da Divisão de Defesa Sanitária Vegetal da Seapdr.

O secretário Covatti Filho afirmou que o governo está atento "a todo o movimento e discutindo ações para preparar o Estado caso haja avanço da nuvem de gafanhotos". "O risco existe e não podemos ignorar", ressaltou.

O descolocamento da nuvem é influenciado pela direção dos ventos e a ocorrência de altas temperaturas e, segundo Flávio Varone, meteorologista da Seapdr, "a aproximação de uma frente fria oriunda do sul vai intensificar os ventos de norte e noroeste, potencializando o deslocamento do massivo para a Fronteira Oeste, Missões e Médio e Alto Vale do Rio Uruguai. Contudo, a tendência de queda nas temperaturas e previsão de chuva para todo o Estado nesta quinta-feira tende a amenizar o risco de dispersão da praga".

Os gafanhotos não representam risco direto aos seres humanos, mas podem devastar imensas áreas de plantações e de pastagens, colocando em risco a segurança alimentar de pessoas e animais.

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