Brasil • 20 de setembro de 2006

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Na Wikipédia há um artigo sobre Escândalo do dossiê.
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Depois do escândalo do mensalão, escândalo do caseiro e dos sanguessugas, um novo escândalo volta a agitar a política brasileira: a compra de dossiês contra políticos adversários de Luis Inácio Lula da Silva e do Partido dos Trabalhadores (PT) por integrantes do PT.

Através de escutas telefônicas autorizadas pela Justiça durante investigação do caso dos sanguessugas, a Polícia Federal descobriu a negociação de um dossiê político entre integrantes do PT e Luiz Antônio Vedoin, dono da empresa Planan e suposto chefe do esquema de desvio de dinheiro através de compra de ambulâncias.

O dossiê, que segundo divulgado pela imprensa seria uma encomenda da Executiva Nacional do PT, traria informações comprometedoras (não se sabe até que ponto falsas ou verdadeiras) sobre candidatos do PSDB, entre eles José Serra (candidato ao governo de São Paulo).

O intuito dos petistas seria usar o dossiê para prejudicar a candidatura de Serra em São Paulo (que venceria a eleição ainda no primeiro turno segundo as últimas pesquisas de opinião) e Geraldo Alckmin (candidato do PSDB à Presidência e principal adversário de Lula que é candidato do PT, primeiro colocado e grande favorito segundo as pesquisas).

A entrega do dossiê seria feita por Vedoin ao advogado e ex-policial federal Gedimar Pereira Passos e Valdebran Padilha da Silva, integrante do PT do Mato Grosso.

Na última sexta-feira, num hotel em São Paulo, a Polícia Federal prendeu Valdebran e Gedimar e apreendeu com ambos o equivalente a 1,7 milhão de reais, divididos em maços de 248,8 mil dólares e 1,16 milhão de reais. A polícia investiga agora a origem do dinheiro e os mandantes da operação.

O Tribunal Superior Eleitoral também iniciou uma investigação para saber se o Partido dos Trabalhadores cometeu algum crime eleitoral, o que, na hipótese de inequivocadamente encontrar-se prova de alguma conduta ilegal grave, poderia acarretar até a impugnação da candidatura de Lula, o principal candidato do partido, à Presidência.

Foram ainda envolvidos no escândalo: funcionários do Banco do Brasil e o presidente do Partido dos Trabalhadores Ricardo Berzoini.

Fontes