Agência Brasil

6 de janeiro de 2011

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Pela primeira vez em quatro anos, os oposicionistas ao presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, assumem o controle da Câmara. No Senado, os democratas mantêm uma maioria apertada. O novo Congresso dos Estados Unidos tomou posse ontem (5), cerca de dois meses depois de Obama sofrer derrota nas urnas, perdendo a maioria na Câmara dos Representantes (que reúne os deputados federais).

Nesta 112ª legislatura em Washington, a presidenta da Câmara, a democrata Nancy Pelosi, passou o cargo para John Boehner, um republicano do Estado americano de Ohio. A posse dos novos parlamentares sinaliza um período de dificuldades para Obama no Congresso, já que os republicanos saíram fortalecidos das últimas eleições e prometem prejudicar propostas de reforma defendidas pelo presidente.

“Nós não podemos ignorar mais nossos problemas. Os eleitores votaram a favor de mudar as coisas, e hoje nós começamos a obedecer às suas instruções”, disse Boehner, em discurso ao ser empossado no cargo.

Na próxima semana, os republicanos pretendem lançar o que está sendo visto como uma medida simbólica para reverter a reforma do sistema de saúde dos Estados Unidos, considerada uma das principais mudanças implementadas pelo governo Obama desde a posse do presidente, em 2009. Mas a medida, proposta pela oposição, não deve ser aprovada no Senado.

Os líderes republicanos também prometerem reduzir os gastos do governo em até US$ 100 bilhões, modificar as leis tributárias, apertar o cerco contra imigrantes ilegais e investigar atos governamentais. No começo desta semana, Obama afirmou que espera que os republicanos reconheçam as obrigações do governo.

"Estou confiante de que eles vão reconhecer que nosso trabalho é governar e garantir que estamos entregando empregos para o povo americano e que estamos criando uma economia competitiva para o século 21, não apenas para esta geração, mas para a próxima", disse.

Ontem (5), Robert Gibbs, o porta-voz do presidente, anunciou que deve deixar o cargo no próximo mês. Ele deverá assumir as funções de assessor político e se dedicar à campanha de reeleição de Obama, em 2012. A saída de Gibbs se soma à de outros importantes assessores do presidente americano que já deixaram ou devem deixar os cargos nos próximos meses.

Ele já perdeu, entre outros, seu chefe de gabinete, Rahm Emmanuel – que pretende se candidatar a prefeito de Chicago em 2011 -, e Larry Summers, diretor do Conselho Nacional Econômico e um dos principais assessores na área econômica. Nos próximos meses deve deixar o governo também o conselheiro político David Axelrod, que irá se dedicar à campanha de reeleição de Obama.

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