18 de novembro de 2020

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Uma nova onda de raptos está a inquietar empresários nas principais cidades moçambicanas, e há receios de impacto negativo nos investimentos.

Os últimos casos incluem o rapto da filha de um empresário português, que posteriormente foi posta em liberdade mediante o pagamento de cerca de 50 mil dólares; e no último sábado foi raptado, em plena luz do dia, um empresário da cidade da Beira, no centro da capital moçambicana, Maputo.

“Neste momento, o SERNIC está a trabalhar com base nas informações colhidas no local e não só; temos evidências ou indícios que nos possam permitir chegar até os autores desta ação criminosa”, disse o agente Hilário Lole.

Resposta deficiente

Desde 2011 que Moçambique tem visto crescer este tipo de crime, sem que haja uma resposta cabal das autoridades.

O jornalista Alexandre Chiure, com base na sua investigação, disse que a tecnologia usada pela polícia moçambicana para perseguir os raptores é arcaica, e já foi apresentada uma solução tecnológica para apoiar a polícia, porém há resistência.

“Há uma tecnologia na Alemanha, nos Estados Unidos da América e também na África do Sul que permite rastear esse tipo de conversas [dos raptores e familiares dos raptados], e consta que houve essa apresentação; infelizmente as pessoas que tiveram acesso não mostraram simpatia com essa tecnologia, no que é encarado como resistência à mudanças”, disse Chiúre.

Fontes