1 de julho de 2020

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Nesta quarta-feira (1), a polícia de Hong Kong fez suas primeiras prisões sob a nova lei de segurança nacional imposta pelo governo chinês. Pelo menos 70 pessoas foram detidas depois que a polícia de choque disparou canhões de água e spray de pimenta para dispersar a multidão.

A nova lei, aprovada ontem e sancionada pelo presidente Xi Jinping, exige a criação de um escritório de segurança nacional em Hong Kong, com o objetivo de enfrentar a subversão do poder estatal, do terrorismo, separatismo e conluio com países estrangeiros.

Qualquer pessoa condenada de acordo com a lei pode receber prisão perpétua e ser extraditada para a China continental para ser julgada.

Ativistas pró-democracia em Hong Kong, assim como nos Estados Unidos e em outras nações ocidentais, dizem que a lei mina o conceito de “um país, dois sistemas” que fazia parte do acordo de transferência britânico de 1997, que garantiu à cidade um alto grau de autonomia e liberdades civis por 50 anos.

A nova lei limita os esforços agressivos do presidente Xi para reforçar o controle sobre o centro financeiro nos últimos anos, o que levou a protestos maciços nas ruas por ativistas pró-democracia que buscam maiores liberdades para Hong Kong.

A ação chinesa ignora o legislativo de Hong Kong, que tem autoridade para aprovar qualquer lei de segurança sob a constituição da cidade. Os legisladores de Hong Kong foram pressionados por Pequim no passado a aprovar uma lei de segurança nacional, mas foram recebidos por fortes protestos.

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