Agência VOA

4 de agosto de 2017

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Na Venezuela, apesar dos protestos da oposição e a condenação da comunidade internacional, a Assembleia Nacional Constituinte realizou sua primeira sessão em Capitólio de Caracas na sexta-feira.

Os 545 representantes constitucionais e eleitos estão reunidos e a oposição política ao presidente Nicolás Maduro preparam o possível confronto final, pois acredita que a eleição foi injusta.

O porta-voz do Departamento de Estado nos Estados Unidos (o equivalente ao Ministério de Relações Exteriores americano) Heather Nolte, disse na quinta-feira que os Estados Unidos não vão reconhecer a Assembleia Nacional Constituinte na Venezuela, por falta de observação eleitoral internacional credível.

Nolte disse que os Estados Unidos acreditam que a Assembléia Constituinte "é o resultado de defeitos de uma ditadura ilegal inventada, produzida e programada por Maduro, a fim de suprimir ainda mais a democracia".

Os líderes da oposição pediram protestos em massa na sexta-feira. O porta-voz da oposição, Freddy Guevara disse: "Nós vamos sair para protestar contra a única maneira é nos matar. Eles nunca levarão as pessoas a nossos lugares", concluiu.

A oposição diz que a votação foi manipulada, a fim de apoiantes do Maduro para a Assembléia Constituinte. Os oponentes de Maduro pedem eleições presidenciais antecipadas.

A procuradora-geral da Venezuela, Luisa Ortega Diaz, disse na quinta-feira que ela tinha começado a investigar as alegações de fraude eleitoral. Ela pediu uma investigação nos tribunais inferiores, mas o Supremo Tribunal afirmou que a nova Assembléia Constituinte atendeu os requisitos constitucionais.

Há relatos de que o número de eleitores sofreu "manipulação", artificialmente aumentada em pelo menos 1 milhão de pessoas, a disputada eleição para eleger uma Assembleia Constituinte para reescrever a Constituição do país. O presidente da Venezuela e Chefe da eleição na quarta-feira negaram essa acusação.

A próxima eleição está prevista para outubro de 2018.

Fontes