No mundo todo, infecções fúngicas aumentaram a mortalidade de internados por covid-19
31 de agosto de 2022
Todos os dias inalamos milhares de esporos de fungos potencialmente patogênicos, mas nosso sistema imune simplesmente os elimina. Em pessoas que estão com a imunidade comprometida – como transplantados, pacientes em tratamento contra o câncer ou internados em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) –, porém, essa interação entre patógeno e hospedeiro pode ser bastante diferente.
Um exemplo são os casos de infecções fúngicas que emergiram durante a pandemia de covid-19 e potencializaram a ação do sars-cov-2 no planeta. Entre os pacientes acometidos com a forma grave da covid-19 e simultaneamente infectados pelo fungo Aspergillus fumigatus, a mortalidade chegou a 80%.
Um grupo internacional de pesquisadores realizou um apanhado da carga dessas coinfecções (coronavírus e fungos) no mundo durante a crise sanitária. O trabalho foi publicado na Nature Microbiology e traz alertas para essa e futuras pandemias.
Segundo o artigo, a aspergilose pode se limitar às vias aéreas superiores por muitos dias e ser contida com antifúngicos. Uma vez que invade os vasos sanguíneos do pulmão, porém, a mortalidade é maior do que 80%, mesmo se administrada terapia antifúngica sistêmica.
Fonte
- ((pt)) No mundo todo, infecções fúngicas aumentaram a mortalidade de internados por covid-19 — Jornal da USP, 30 de agosto de 2022
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