Agência Brasil

Neymar em 18 de novembro de 2014.

27 de julho de 2016

Email Facebook Twitter WhatsApp Telegram

 

O atacante Neymar, do Barcelona e da seleção brasileira, olímpica e principal, se mostrou feliz por fazer parte da seleção olímpica brasileira, na primeira entrevista coletiva concedida na concentração da Granja Comary, hoje (26), em Teresópolis (RJ) e disse que, após os fracassos na Copa do Mundo de 2014, na Copa América de 2015 e na Copa América Centenário este ano, a seleção brasileira olímpica passa por outro momento e, se os desempenhos foram ruins no passado, esta é a hora de focar na vitória.

“O que passou, passou. A gente não pode ficar chorando o leite derramado. Temos que mudar a partir de agora. Se deu ruim nas outras competições, essa a gente tem que fazer de tudo para que dê certo. Temos que começar, desde já, a mudar tudo que foi errado, a ver as coisas que não estão dando certo e consertar. Acho que isso vai nos levar ao caminho de sucesso. Temos que estar focados para trocar este chip das derrotas e colocar o da vitória”, disse Neymar.

O atacante disse que se surpreendeu com o ambiente criado pela comissão técnica e pelo treinador Rogério Micale, com quem trabalha pela primeira vez: “A cada treino, o nosso treinador está nos corrigindo, buscando o melhor para a movimentação da equipe. Quando o cara conversa e ajusta, é melhor para todo mundo”.

Neymar é um dos três jogadores acima de 23 anos (tem 24) convocados pelo técnico Rogério Micale – conforme o regulamento olímpico – para tentar a inédita conquista da medalha de ouro para o Brasil nas Olimpíadas do Rio de Janeiro, juntamente com o goleiro Fernando Prass, do Palmeiras, e o meia Renato Augusto, do Beijing Guoan, da China, com estreia marcada para o dia 4 de agosto, em Brasília, um dia antes da abertura oficial dos Jogos, no Rio de Janeiro.

O craque do Barcelona revelou que tem procurado se aproximar dos companheiros para que eles também se sintam à vontade, ainda que seja considerado um ídolo por alguns: “Não me sinto presidente, não me sinto intocável também. Muito pelo contrário, procuro chegar mais perto deles, estar cada vez mais próximo. Querendo ou não, dá para sentir a diferença no jeito de falar com cada jogador, também. Já estive aonde eles estão, que é estar começando e encontrar um ídolo na seleção. Hoje, fazer o papel de ídolo é uma grande honra, um grande orgulho para esses meninos que são tão bons de bola”.

O atacante, que era capitão da seleção brasileira com o ex-técnico Dunga, não está preocupado em continuar na função. Para ele, essa é uma decisão exclusiva do técnico Micale e considera a braçadeira de capitão uma situação mais simbólica, porque, em campo ou nos treinamentos, qualquer atleta pode mostrar a própria opinião e ajudar o time com observações: “Todos têm o seu papel e sabem da sua importância dentro de campo”.

Durante a entrevista, Neymar considerou “maldosa” uma pergunta quando sobre o comprometimento que tem em relação à seleção. Ao começar a responder, pediu que o repórter olhasse para ele. Disse, então, que as cobranças ao comportamento dele têm que ser por atuações dentro de campo, mas fora dele, tem uma vida particular.

“Pode me criticar. Tenho os meus erros também, não sou nenhum cara perfeito, mas também gosto de sair e me divertir com meus amigos, tenho família e tenho amigos também, por que não posso ir para a balada? Posso, sim, e vou, independente de qualquer coisa, Se tenho consciência do meu dever no dia seguinte, não vejo problema nenhum. É minha vida particular”, respondeu o jogador

Neymar disse que dentro de campo, sempre se entrega, mas lembrou que é um jovem de 24 anos: “Imagina você com 24 anos, ganhando tudo que ganhei e tendo tudo que eu tenho. Você seria o mesmo que eu? É só o que te pergunto. Valeu”, concluiu.

Sobre os problemas nos apartamentos que algumas delegações enfrentaram na chegada à Vila dos Atletas, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio, onde ficarão concentradas para a Olimpíada, Neymar lamentou: “Se isso for verdade, mesmo, como estão falando, a gente lamenta, porque tivemos muito tempo para nos preparar. Ainda mais o povo brasileiro que é um povo caloroso e sabe receber a galera de fora, mas algumas coisas acabaram dando, na verdade”.

Fonte