31 de maio de 2024

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As autoridades da Namíbia iniciaram o repatriamento de crianças angolanas apreendidas nas ruas de diversas cidades do país onde faziam venda ambulante.

O Ministério do Interior, Imigração e Segurança informou que 73 crianças e as suas mães foram entregues às autoridades angolanas no posto fronteiriço de Santa Clara, no que disseram ser “uma amostra de cooperação internacional e que assinala o começo da sua viagem em segurança de regresso a Angola”.

As crianças e as suas mães tinham sido anteriormente abrigadas no Centro Nacional de Juventude em Ondangwa devido “à sua situação vulnerável”.

Etienne Maritz, diretor executivo do Ministério disse que as crianças e as mães agora deportadas para Angola tinham sido encontradas em várias cidades, envolvidas na venda de artesanato e "bugigangas" nas ruas.

“A fase inicial do seu regresso envolveu o transporte para Oshikango onde as autoridades angolanas assumiram o controlo garantindo o transporte em segurança para as suas respetivas comunidades em Angola”, afirmou Maritz citado epla imprensa namibiana.

“O Governo da Namíbia está dedicado e empenhado em respeitar os direitos e bem-estar de todos os indivíduos na Namíbia, incluindo crianças migrantes e as suas famílias”, acrescentou.

No passado, organizações angolanas de apoio comunitário advertiram para os riscos que as crianças enfrentam em caso de repatriamento para Angola, nas atuais condições do país, e confirmaram que muitas crianças e familiares se recusam a regressar ao país de origem.

Há uma semana tinha sido revelado que um número indeterminado de crianças angolanas tinham sido recolhidas pelas autoridades em várias cidades da Namibia e transportadas para o Centro Nacional de Serviços da Juventude em Ondangwa.

O Ministério disse então que cerca de 200 crianças tinham sido recolhidas das ruas, acrescentando então que “muitas têm nacionalidade angolana", mas não deu números específicos, afirmando que muitas das crianças se recusavam a dar pormenores sobre a sua origem e família.

Não é conhecido o número de crianças angolanas abandonadas no país, apesar de haver relatos nas redes sociais que apontam para centenas só na região de Windhoek, a capital da Namíbia.

Fontes

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