13 de julho de 2020
O Zoológico de Brasília anunciou ainda no sábado passado, 11 de julho, que a naja de monóculo que foi levada ao local na semana passada após picar um estudante, recebeu um local especial para viver. "No recinto, a serpente conta com uma ambientação adequada para a sua espécie com o objetivo de promover o bem-estar e a qualidade de vida até que se decida sua destinação final", anunciou a instituição em suas redes sociais. No mesmo dia, a cobra também ganhou um ensaio fotográfico, divulgado no Pinterest. "Fotografias incríveis", escreveu o zoo também nas redes sociais.
Fama inesperada
A cobra virou "celebridade" na semana passada após o estudante de Medicina Veterinária Pedro Henrique Santos Krambeck Lehmkul, de 22 anos, ter sido picado. Ele teve que ser internado na UTI do Hospital Maria Auxiliadora, no Gama (DF), e foi salvo graças a algumas doses do antídoto produzido no Brasil pelo Instituto Butantan para sua reserva emergencial. Os pais do estudante chegaram a importar mais soro dos Estados Unidos, que não foi necessário e que acabou sendo doado ao Butantan.
A naja é uma espécie oriunda da Ásia ou África e após o acidente com o estudante, cujo amigo descartou o réptil numa caixa de plástico perto de um shopping center, investigações apontam que o animal provavelmente foi traficado ilegalmente para o Brasil.
Pedro e o amigo agora estão sendo investigados pela polícia por tráfico ilegal de animais e, segundo o zoo, "o Ibama lavrou uma multa de R$ 2 mil em nome do estudante por se tratar de animal que teve entrada não autorizada no país". A cobra pode chegar a valer 20 mil no mercado ilegal.
Fontes
- Após caso de naja, Zoo de Brasília recebe mais 18 serpentes criadas ilegalmente, Zoológico de Brasília, 11 de julho de 2020.
- Estudante picado por naja deixa UTI e pode depor nesta semana, UOL, 13 de julho de 2020.
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