6 de junho de 2024

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Mohamed Bazoum, presidente nigerino de 2021 até o golpe de julho de 2023

O golpe militar de julho de 2023 no Níger afetou profundamente todos os setores, conforme aponta o Centro de Estudos Africanos em Washington. Áreas como segurança e economia mostraram retrocessos significativos, alterando o rumo do país. Apesar de extremamente pobre, o Níger havia avançado na última década sob os presidentes eleitos Mahamadou Issoufou e Mohamed Bazoum. Agora, muitos desses progressos foram revertidos, e as restrições à mídia dificultam medir o impacto. Essa mudança também pode ter consequências para a região.

Comparativos
Pré-golpe Pós -golpe
  • Em 2023, as mortes em ataques de militantes islâmicos no Níger caíram 53% em relação a 2022;
  • Sob o governo de Bazoum, o orçamento militar aumentou 64%, alcançando 309 milhões de dólares em 2023;
  • Programas de desarmamento e desradicalização incentivavam a saída de extremistas no Sahel;
  • No Sudeste do Níger, região ameaçada pelo Boko Haram, não houve violência entre 2021 e 2023, e os deslocados voltavam;
  • Durante o governo de Issoufou e Bazoum, a renda per capita subiu 26%;
  • O Banco Mundial projetou crescimento econômico de 7% para 2023 e de 12,5% para 2024;
  • A inflação do Níger se manteve em cerca de 4%, a mais baixa da UEMOA;
  • Em 2022, pela primeira vez, o Níger não teve interrupções devido a greves de professores ou estudantes.
  • Estima-se que mortes ligadas a grupos extremistas subam para mais de 1.600 em 2024, um aumento de 60%;
  • Após o golpe, oito ataques de militantes islâmicos causaram a morte de mais de uma dúzia de soldados;
  • Os militantes islâmicos tornam a capital isolada;
  • Os esforços de desarmamento e desradicalização pararam;
  • A junta militar do Níger perdeu quatro prazos de pagamento de dívidas e suspendeu o repasse de 519 milhões de dólares;
  • Estima-se uma queda de 45% no crescimento econômico para 2024;
  • Os preços de grãos subiram mais de 12% desde 2023, com o arroz alcançando 35%.

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Fontes

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