31 de março de 2005
O papa João Paulo II que passa por sérios problemas de saúde deu indicações de que seria contra o desligamento de aparelhos médicos auxiliares, caso fosse submetido a um deles futuramente, mesmo se entrasse em estado vegetativo. O papa emitiu sua opinião em várias ocasiões e afirmou que aparelhos, como o qual está submetido agora para alimentação, devem ser considerados tratamentos médicos normais e obrigação de qualquer cristão.
Segundo o padre Thomas Reese S.J, da revista Jesuit weekly America de Nova Iorque:"A declaração do papa deve ser vista como o equivalente a um testamento pela vida."
João Paulo II têm há algum tempo criticado aquilo que ele denomina como "cultura da morte".
Em discurso proferido aos participantes na Assembléia Plenária da Pontifícia Academia para a Vida em 27 de fevereiro de 1999, o papa disse:
- O fenómeno do abandono do moribundo, que está a estender-se na sociedade desenvolvida, tem diversas raízes e múltiplas dimensões (...) as sociedades, organizadas sobre o critério da busca do bem-estar material, sentem a morte como um não-sentido e, no intento de cancelar o seu interrogativo, propõem às vezes a antecipação indolor. (...) é oportuno evocar o juízo de condenação da eutanásia entendida em sentido próprio como uma acção ou uma omissão que, por sua natureza e nas intenções, provoca a morte com o objectivo de eliminar o sofrimento, uma vez que constitui grave violação da Lei de Deus.
Fontes
- Tom Heneghan. Pope's "living will" wants life support to the end — Reuters, 31 de março de 2005
- Papa João Paulo II. Discurso do Santo Padre aos participantes na Assembléia Plenária da Pontifícia Academia para a Vida — Vaticano, 27 de fevereiro de 1999