28 de novembro de 2007
Pervez Musharraf, atual presidente-ditador do Paquistão, deixou a chefia do Exército nesta quarta-feira, e foi nomeado presidente civil do país, já nesta quinta-feira. Ele cede às pressões internas e externas, por democracia no país e para deixar o comando das Forças Armadas. O general Ashfaq Kayani foi nomeado em seu lugar no comando militar do Paquistão, em cerimônia realizada em uma sede militar em Rawalpindi, perto da capital Islamabad.
O ditador tomou o poder em 1999, após um Golpe de Estado que derrubou o então primeiro-ministro Nawaz Sharif. É aguardado que como presidente civil, Musharraf deva baixar a lei marcial, em vigor no País, no dia 16 de dezembro.
Em seu discurso já como presidente civil, afirmou que o retorno dos líderes da oposição, os ex-premiês Sharif e Benazir Bhutto, é salutar para o País, no esforço para a implementação de uma democracia no Paquistão.
"Só espero que os dois trabalhem de forma a criar um ambiente político conciliatório, civilizado e democrático"[1], afirmou.
Reunião da oposição
Os dois ex-primeiros-ministros do Paquistão e líderes da oposição vão se reunir nesta segunda-feira para definir uma estratégia para as eleições de 8 de janeiro, anunciaram seus partidos neste sábado.
Bhutto informou que o seu partido, o Partido do Povo Paquistanês (PPP) participará das eleições. Já Sharif anunciou sua intenção de boicotá-las.
Fontes
- AFP. Bhutto e Sharif vão se reunir segunda-feira para definir estratégia — UOL, 1 de dezembro de 2007
- Musharraf deixa chefia das Forças Armadas no Paquistão — Folha Online, 28 de novembro de 2007
- EFE. Musharraf passa o cargo de chefe das Forças Armadas para aliado — UOL, 28 de novembro de 2007