6 de maio de 2019
O Museu da Língua Portuguesa deve ser reaberto no primeiro semestre do próximo ano, afirmou hoje (6) Sérgio Sá Leitão, diretor do Departamento de Cultura e Economia Criativa de São Paulo. Desde que sofreu um incêndio em dezembro de 2015, o museu foi fechado para reconstrução. A data exata da reabertura será anunciada em outubro.
“Pudemos constatar que as obras estão no ritmo certo, no cronograma e serão concluídas, tudo leva a crer, no prazo que é 31 de outubro deste ano. Uma vez as obras concluídas, temos um prazo estimado em torno de seis meses para a implantação do museu, com todo o revestimento, equipamentos e todo o material que será exposto. É um museu que tem muita interatividade e muito conteúdo audiovisual”, disse o secretário.
“Parte dos recursos investidos aqui tem incentivo da Lei Rouanet. Outra parte é investimento direto ou investimento via seguro. Mas é claro que a Lei Rouanet é um instrumento importantíssimo de apoio ao desenvolvimento das atividades culturais e criativas do Brasil. Somos defensores e entusiastas desse mecanismo”, disse Sá Leitão.
“Não é um museu que será gerido diretamente pelo governo do estado de São Paulo, mas por uma organização social. Esse é o modelo no qual acreditamos e consideramos que é o melhor modelo de gestão para os museus”, acrescentou ele.
As obras
“Tem todo um tripé com que trabalhamos: arquitetura, museografia e conteúdo. Com relação à obra, fizemos todo um processo de restauro das fachadas e um novo telhado, pois a cobertura foi toda perdida no incêndio. Fizemos um desenho mais contemporâneo. Isso já foi concluído e estamos agora no andamento da parte interna da obra, que é um processo mais lento”, disse Lúcia Basto, gerente-geral da área de Patrimônio e Cultura da Fundação Roberto Marinho.
“A madeira é a mais segura, mais do que a estrutura metálica porque, quando há fogo, ele consome uma determinada espessura dessa madeira. Então, optamos por colocar ela [a madeira] um pouco mais dimensionada para que ela não rompa caso haja algum tipo de ataque de incêndio”, disse Lúcia.
“Essa era a segunda vez que este prédio estava pegando fogo. Então definimos que nós íamos colocar, por exemplo, um splinkler [dispositivo que descarrega água em caso de incêndio], que não é uma exigência pela configuração da construção, mas nós pusemos. Tudo o que podíamos fazer a mais para fazer essa proteção, foi feito, para que possamos ficar tranquilos no futuro”, explicou Lúcia.
Devido ao Dia Internacional da Língua Portuguesa, o museu desenvolveu atividades especiais que estão sendo realizadas no saguão da Estação da Luz.
Olantina Miranda Oliveira, 68 anos, participou hoje da atividade com mapas. Ela disse: “Está legal. Esses desenhos aqui são um barato. Passa o tempo na cabeça da gente”.
Hélio Ferreira da Silva, 57 anos, afirmou: “Parei para ver a história. Estou achando legal. Estou observando as crianças escutando [crianças de uma escola, que também estavam escutando a história]”.
Lei Rouanet
“Reconhecemos que o limite e algumas regras que foram incluídas [na antiga Lei Rouanet] nos parecem criar alguns problemas para determinadas áreas da cultura. Por isso, secretários de cultura dos municípios e dos governos estaduais do Rio de Janeiro e de São Paulo se uniram a entidades da sociedade civil, no sentido de elaborar um conjunto de propostas de melhorias e de aperfeiçoamento nessa instrução normativa. Já solicitamos ao ministro Osmar Terra uma audiência, que está sendo marcada”, disse Sá Leitão.
Fonte
- ((pt)) Elaine Patricia Cruz. Museu da Língua Portuguesa deve ser reaberto em 2020 — Agência Brasil, 6 de maio de 2019, às 20h29min
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