5 de maio de 2021

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Fortes confrontos entre policiais e manifestantes, deixando pelo menos 24 mortos, bloqueios de estradas, destruição de infraestrutura pública e privada, escassez de alimentos e combustível em várias cidades, é o saldo de sete dias de protestos na Colômbia.

Nem a retirada da reforma tributária, nem a renúncia do ministro da Fazenda, Alberto Carrasquilla, apaziguaram as manifestações, que a polícia reprimiu, mesmo com excessos e abusos, como denunciam defensores dos direitos humanos e organismos internacionais.

“É preciso controlar a situação e abrir um diálogo com vários setores, a começar por quem fez a greve. É um momento de reflexão, portanto o importante é pensar na Colômbia, não se trata de uma questão eleitoral”, disse o ex-negociador do acordo de paz Humberto.

Os pedidos de negociação, vindos de diversos setores, foram atendidos pelo presidente Duque, que, ao repelir os atos de vandalismo ocorridos nos protestos, garantiu que continuaria lutando, com todas as ferramentas que a Constituição lhe dá, mas anunciou a abertura de um diálogo nacional com os cidadãos.

“Quero anunciar que vamos instalar um espaço para ouvir os cidadãos e construir soluções, orientadas para esses fins, e que não devem mediar diferenças ideológicas, mas o nosso mais profundo patriotismo”, disse Duque.

No entanto, o anúncio não impediu a convocação de uma nova jornada de mobilização nacional que hoje foi citada pelas centrais dos trabalhadores e pelo Comitê Nacional de Desemprego.

Fontes