Argentina • 18 de novembro de 2014

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O empresário argentino Omar Chabán, gerente da extinta boate República Cromañón, de Buenos Aires, capital da Argentina, na qual morreram 194 jovens em incêndio em 30 de dezembro de 2004, morreu na tarde de ontem na mesma cidade onde ocorreu o incêndio, informou a imprensa local. Chabán, de 62 anos, morreu no hospital Santojanni, onde estava internado em tratamento intensivo por um linfoma de Hodgkin no estágio 4.

Devido ao câncer, o administrador da boate obteve o benefício da prisão domiciliar em 2013. Nos últimos meses deste ano, ele esteve internado no hospital fazendo quimioterapia. Em 2009, Chabán foi condenado a 20 anos de prisão por responsabilidade nas mortes. Três anos depois, a sentença foi reduzida para dez anos e nove meses.

Tal como na tragédia de 2013 na Boate Kiss, em Santa Maria (Rio Grande do Sul), o incêndio da Cromañón foi provocado pelo acionamento de fogos de artifício durante a apresentação de uma banda. As chamas entraram em contato com o material que revestia o interior da boate, que acabou entrando em combustão. A maioria das vítimas morreu por sufocamento. Outras 1.432 pessoas ficaram feridas.

A tragédia também resultou em outras prisões, além do Chabán, incluindo até o afastamento do prefeito da capital argentina: Raúl Alcides Villarreal, chefe de segurança e colaborador direto de Chabán, foi condenado a seis anos de prisão; também foram presos todos os integrantes da banda de rock Callejeros e o empresário, o cenógrafo e agentes públicos; o prefeito de Buenos Aires, Aníbal Ibarra foi cassado no final de 2005 depois de um julgamento político realizado pelo Legislativo da cidade.

Fontes