Agência Brasil

17 de novembro de 2014

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O cirurgião Martin Salia, de 44 anos, morreu, hoje (17), no Centro Médico de Nebraska, nos Estados Unidos, onde estava internado desde sábado (15). Morador de Maryland, Salia contraiu o vírus enquanto trabalhava em um hospital de Freetown, em Serra Leoa, país africano onde nasceu.

“Informamos com imenso pesar que o terceiro paciente que tratamos por ebola, o doutor Martin Salia, morreu devido aos sintomas muito avançados da doença”, informou o centro médico que, ontem (16), anunciou que o estado clínico do cirurgião era grave.

Salia foi o primeiro cidadão de Serra Leoa infectado pelo ebola a ser repatriado para os EUA, onde outras nove pessoas já recebem tratamento. A maioria contraiu a doença em países africanos.

“Apesar dos esforços", a doença estava em estágio avançado para que [o médico] pudesse ser salvo, lamentou o hospital, especialmente equipado para o tratamento de doentes afetados pelo vírus.

O diretor da instituição, Phil Smith, informou que Martin Salia sofria de deficiência renal e respiratória quando chegou aos Estados Unidos. Além de ser submetido a diálise e de contar com auxílio de equipamentos para respirar, o médico recebeu plasma de um doador que se curou da doença e um soro experimental ainda não testado em ensaios clínicos. Mesmo assim, seu organismo não conseguiu combater o vírus.

“Utilizamos os tratamentos disponíveis para garantir todas as hipóteses de sobrevivência ao doutor Salia”, acrescentou o diretor da unidade especializada do hospital, Phil Smith.

Com a morte de Salia, se torna o segundo africano a morrer com essa doença, pois o primeiro a morrer foi liberiano. Dos nove infectados com o vírus tratados nos Estados Unidos, sete conseguiram se curarem após longo tratamento.

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