23 de outubro de 2024
Uma manifestação convocada pelo candidato presidencial Venâncio Mondlane na capital moçambicana para pedir justiça eleitoral nesta segunda-feira, 21, foi reprimida pela Polícia da República de Moçambique (PRM).
O próprio Mondlane foi atingido com gás lacrimogéneo quando falava aos jornalistas, que também foram alvo da polícia.
Mondlane falava na praça da OMM, local onde o seu advogado Elvino Dias e o mandatário do partido Podemos, Paulo Guambe, foram assassinados na madrugada de sábado, 19 de outubro. Nesse dia Mondlane acusou as Forças de Defesa e Segurança de Moçambique de serem responsáveis pelas mortes, informou que a greve convidada para segunda-feira, 21, "está marcada e reafirmada" e avisou a polícia para não perturbar a manifestação.
No auge dos confrontos, Venâncio Mondlane pediu às pessoas que fossem para a casa porque "esta é a primeira etapa" e que "depois do enterro do Elvino, vamos indicar a segunda etapa".
"Estamos a prever quatro etapas que vão fazer parte do projeto de repúdio a este roubo que aconteceu", afirmou o candidato que continua a dizer ter sido vencedor das Presidenciais de 9 de outubro.
A Comissão Nacional das Eleições tem até o dia 24 para divulgar os resultados finais, mas os dados divulgados pelas comissões provinciais dão a vitória à Frelimo e ao seu candidato Daniel Chapo.
Fontes
editar- ((pt)) Moçambique: Polícia reprime protestos convocados por Venâncio Mondlane — VOA Português, 21 de outubro de 2024
- Amancio Miguel e Sérigo Nhambi. Caso Dias e Guambe: "Maputo cheira a morte", Luís Nhachote — VOA Português, 20 de outubro de 2024
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