21 de junho de 2009

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Para evitar mais derramamento de sangue, Mir-Hossein Moussavi — segundo lugar na eleição presidencial do Irã — pediu para que seus seguidores contivessem os protestos contra o resultado do pleito e o apoio do aiatolá Ali Khamenei ao re-eleito presidente Mahmoud Ahmadinejad. Os confrontos já duram oito dias, e tiveram como consequência a morte de mais dez pessoas neste sábado. Prisões estão sendo efetuadas outrossim, os jornalistas e a imprensa estrangeira estão sendo impedidos de cobrirem as manifestações.


'Espero que as forças armadas evitem causar danos irreparáveis'

—Mir-Hossein Moussavi

O líder opositor comunicou em sua página oficial que ‘‘os protestos contra as mentiras e fraudes são direitos seus [do povo]. O país chora pelas mortes nas manifestações. Peço que tomem mais precauções’’. Além disso, o reformista condenou as detenções em massa. ‘‘Elas [detenções] vão provocar uma rachadura entre a sociedade e as forças armadas do país’’. Moussavi exige que a eleição seja anulada, e não que apenas 10% dos votos sejam parcialmente recontados.

O Ocidente opõe-se a possível fraude do pleito. O Reino Unido e a França foram os primeiros países a se manifestarem contra o resultado. O presidente americano Barack Obama e a chanceler alemã Angela Merkel pronuciaram-se a favor ‘‘daqueles que querem exercer seu direito à liberdade de expressão’’. Já o presidente Lula demonstrou-se do lado do conservador Ahmadinejad, comparando a oposição a ‘‘uma torcida de futebol perdedora’’.

Mahmoud Ahmadinejad ordenou que ‘‘os países ocidentais parassem de intervir’’, e disse ainda que ‘‘eles foram a causa para o povo iraniano ser atiçado contra o pleito.’’

Fontes