Brasil • 22 de novembro de 2007

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Para o Ministério de Relações Exteriores do Brasil, a Venezuela é um país democrático e não oferece riscos aos brasileiros.

Em entrevista, o secretário-geral do ministério Samuel Pinheiro Guimarães declarou que o rearmamento das Forças Armadas da Venezuela "visa substituir equipamentos obsoletos e não representa risco presente à soberania brasileira". Pinheiro rechaçou as declarações de que o governo venezuelano seja antidemocrático e defendeu sua entrada no Mercosul, que segundo ele traria vantagens econômicas ao Brasil.

Pinheiro disse que houve diversas eleições na Venezuela nos últimos anos, acompanhadas por observadores internacionais e que não houve durante o governo Chávez fechamento do Congresso ou dos tribunais, nem prisões de jornalistas e de políticos. Sobre a reeleição ilimitada na Venezuela, disse que "o mesmo ocorre na França e ninguém chama o país europeu de antidemocrático".

O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, foi outro que defendeu a Venezuela. Segundo a Agência Brasil, ele disse que o ingresso da Venezuela no Mercosul "ajudará na estabilidade democrática do país comandado por Hugo Chávez, e beneficiará o Brasil e outras nações integrantes do bloco (Argentina, Uruguai e Paraguai").

O ministro disse: "Acho que o convívio com as democracias do Mercosul ajudará a reforçar ainda mais o esforço democrático da Venezuela(...) Temos confiança de que a entrada da Venezuela no Mercosul será boa para o Brasil, economicamente, e politicamente pela estabilidade. Será boa para o Mercosul, porque nós estaremos dando uma vértebra maior à integração de toda a América do Sul, que passará da Patagônia ao Caribe".

A Câmara dos Deputados começou nesta quarta-feira (21) a votação do parecer do relator Paulo Maluf (PP-SP) favorável à adesão da Venezuela.

Fontes